DIA DO IDOSO

Levantamento aponta São Gonçalo como município com mais idosos baleados estado do Rio

Somente neste ano, 27 idosos foram baleados no Grande Rio, sendo que 14 não resistiram aos ferimentos e morreram

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Do total de idosos baleados (27), 12 foram atingidos em situação com presença de agentes de segurança - Foto: Anselmo Cunha/PMPA

O dia internacional do idoso é celebrado nesta quinta-feira (1º). No Brasil, a data ficou marcada, em 2003, pela criação do Estatuto do Idoso. A lei garante direitos fundamentais, protegendo e promovendo a saúde física e mental dos maiores de 60 anos. Porém, no estado do Rio de Janeiro, a realidade de idosos está longe da orientação do estatuto que completa 17 anos hoje.

Um levantamento da plataforma Fogo Cruzado aponta que entre 1° de janeiro e 1° de outubro de 2020, 27 idosos foram baleados no Grande Rio, sendo que 14 não resistiram aos ferimentos e morreram.

O município de São Gonçalo, que terminou 2019 como a cidade mais letal para idosos, teve o maior número de baleados da região: foram 13 vítimas, sete delas não resistiram. Na sequência, ficaram Rio (9), Maricá (2) e Duque de Caxias, Itaguaí e Nova Iguaçu, com um baleado cada.

Leia mais: No RJ, tiroteios com agentes de segurança caem 76% em junho, após protestos

Segundo o estudo, houve uma queda de 25% em relação ao número de baleados no mesmo período de 2019. Ano passado foram contabilizados 36 idosos baleados e 19 mortes.

Neste ano, a primeira idosa vítima da violência armada foi Lisete Pereira, de 78 anos, morta por bala perdida, em 5 de janeiro, no quintal de casa, no bairro Arsenal, em São Gonçalo, na região metropolitana. Além de Lisete, outros três idosos foram baleados dentro de casa neste ano. Os tiroteios vitimaram 10 idosos no Grande Rio, sendo que quatro deles morreram. 

Dos 27 idosos baleados, 12 foram atingidos em situação com presença de agentes de segurança, seis deles morreram. No mesmo período de 2019, foram 17 vítimas em casos com presença de agentes, seis morreram, representando uma queda de 29% de baleados nessas situações.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Rodrigo Chagas e Jaqueline Deister