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ALTERNATIVA

Cuidar da terra: escola pública ensina agroecologia a jovens na Venezuela

Projeto "El Arañero" envolve anualmente cerca de 150 estudantes de um instituto técnico na zona periférica da capital

17.out.2020 às 00h05
Caracas (Venezuela)
Michele de Mello

Ana Diniz é uma das fundadoras do projeto El Arañero, na escola Técnica Industrial Rafael Vegas, em Caracas - Michele de Mello / Brasil de Fato

Desde a produção da semente até o prato de comida, o Projeto El Arañero ensina os estudantes da Escola Técnica Industrial Rafael Vegas, na capital venezuealana, conceitos básicos de agricultura, trabalho em equipe e agroecologia. 

A escola oferece o ensino integrado dos últimos anos do fundamental e médio, com disciplinas voltadas à mecânica industrial. Ao todo, 850 crianças e adolescentes aprendem a soldar, moldar, criar peças como torneiros mecânicos e também a cultivar plantas nativas do seu país.

Criado em 2017, o projeto reúne anualmente entre 120 e 150 estudantes e, em 2019, chegou a contar com 280 jovens. As atividades são optativas e, através de oficinas, também se relacionam com a comunidade e com outras instituições. Em três anos, crianças de 25 escolas visitaram o espaço para intercambiar conhecimento.

Por conta da pandemia, as ações estão suspensas, mas a horta segue viva com os cuidados das professoras que coordenam o grupo.

Entre elas, Ana Díaz. Assim como o presidente Hugo Chávez, conhecido como "El Arañero de Sabaneta" – em português seria o vendedor de doce de mamão verde (araña) da cidade de Sabaneta, localizada no estado de Barinas –, ela veio do interior de Barinas para transmitir aos jovens a importância do cuidado da terra.

Por conta da crise de abastecimento que o país atravessava em 2016, o presidente Nicolás Maduro criou o ministério de Agricultura Urbana, com o objetivo de incentivar o cultivo de alimentos nas cidades. Ana atendeu o chamado e terminou trabalhando no bairro de Cátia, zona oeste de Caracas.

:: Entenda o CLAP, programa que combate a fome com a força das comunidades venezuelanas ::

"Uma das coisas que sonhamos aqui é que possamos formar engenheiros agrônomos. Jovens que saibam como construir uma máquina e como poderiam desenvolver, por exemplo, um moinho, toda a maquinaria necessária para poder superar essa monoprodução venezuelana, para transformá-la em uma produção integral", afirma a técnica agrônoma.


Hortaliças, sementes de árvores frutíferas e plantas medicinais são algumas das produções dos estudantes do projeto El Arañero. / Michele de Mello / Brasil de Fato

Além das orientadoras, outros 14 estudantes fazem parte da Brigada El Arañero e são responsáveis por realizar as oficinas, atender visitantes. Todas às sextas-feiras os jovens organizam o dia "criando uma cultura", no qual preparam uma refeição coletiva com o alimento que plantaram. 

O que é cultivado também abastece para o refeitório. A brigada já forneceu milho, feijão, abóbora, cenoura, beterraba, tomate e hortaliças. Os estudantes também começaram a cultivar sementes de árvores frutíferas para que a escola também se torne um jardim produtivo. 

"Quando tudo começou, nós que somos técnicos, pensamos: o que temos a ver com agricultura? E de lá pra cá aprendemos muito. Acredito que numa instituição de ensino, os primeiros que devem ser transformados são os estudantes", comenta a diretora da Escola, Mayrelis García.


Os alimentos produzidos pelos estudantes também abastecem o refeitório da Escola Técnica Rafael Vegas, numa zona periférica de Caracas. / Michele de Mello / Brasil de Fato

A proposta é que o lugar seja um ponto de referência para a comunidade e impulsione uma mudança nos hábitos alimentares dos venezuelanos. Com o trabalho de cultivo de sementes crioulas, a brigada recuperou a Nona ou Fruta do Conde, quase extinta no território venezuelano. 

"Lamentavelmente a alimentação da Venezuela é uma alimentação de porto [importada]. Nossa cultura alimentar está totalmente desvinculada. Então vemos que se existe um programa de alimentação do Estado que oferece macarrão e arroz, mas não envia os temperos, esse alimento se come puro. Quando temos amaranto, beldroega, quando podemos aproveitar até a casca da melancia para comer. Aqui nós já demonstramos isso", comenta Ana Díaz. 

A Venezuela importa cerca de 80% de tudo que consome e a agricultura no país é predominantemente monocultora. A técnica agrônoma defende que a agricultura urbana seja introduzida nas escolas para gerar uma nova rotina alimentar e produtiva. 

:: Governo venezuelano aprova créditos para aumentar produção agrícola durante pandemia ::

Para Ana, a questão é central para gerar uma nova cultura em todo o país e pode, inclusive, combater o bloqueio econômico. "Estou convencida de que a agricultura do futuro é a agricultura familiar comunitária. Essa é a única forma de enfrentar a violência capitalista que está apenas começando", assegura.
 

Editado por: Marina Duarte de Souza
Tags: agriculturaagroecologiacaracaseducaçãohugo chávezmonoculturasaúdevenezuela
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