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SP: petista passa candidato do Novo e se torna maior arrecadadora em vaquinha virtual

Para Vivi Mendes, sucesso na arrecadação guarda relação com sua trajetória: "Temos lastro social"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
"Vamos conseguir ampliar ainda mais a campanha na rua", celebra Vivi - Foto: Divulgação

Na quarta-feira (23), Vivi Mendes (PT), de 31 anos, se tornou a candidata que mais arrecadou dinheiro em vaquinhas virtuais em São Paulo. A petista ultrapassou o empresário Marcelo Castro (ex-partido Novo). Ambos concorrem a uma vaga na Câmara dos Vereadores da capital paulista.

Mendes alcançou R$ 67.268 e celebrou: “Isso aconteceu porque nossa campanha tem lastro social, é resultado de um processo político que não vem de ontem, não é uma candidatura de lideranças que surgem só pelo processo eleitoral. Sermos a maior arrecadação é algo que expressa o sentimento da nossa campanha.”

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Antes, o maior arrecadador do município era Marcelo Castro, que hoje acumula R$ 62.711. O candidato foi desfiliado do partido Novo, após defender que tráfico não deveria ser considerado crime, quando comentava a liberdade de André do Rap, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Apesar da desfiliação, a candidatura de Castro consta como apta no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para Vivi, há uma distinção entre a arrecadação de sua campanha e a de Castro. “No momento em que enfrentamos um debate desonesto sobre o financiamento das candidaturas, com partidos como o Novo falando contra o fim do Fundo Eleitoral e tentando criminalizar a política, é fundamental mostrar a força da militância e da ação popular. Mesmo com esse sistema, o Novo continua recebendo dinheiro é dos grandes empresários, são grandes doações de poucas pessoas”, acrescentou a candidata.

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A campanha da petista mobilizou mais pessoas. Vivi teve 303 doadores, uma média de R$ 222 por pessoa. Na campanha de Castro, 115 pessoas contribuíram, uma média de R$ 545 por doador.

Os R$ 67 mil arrecadados serão utilizados, em sua maioria, para a produção de material impresso. “É isso que ajuda a colocar a campanha na rua. O mais barato é fazer a rede social, ali podemos fazer tudo voluntariamente. Agora, papel custa muito dinheiro. Vamos conseguir ampliar ainda mais a campanha na rua, ajudou bastante. Teremos mais panfletos com nossas ideias e bandeira nos territórios”, explica Vivi.

Edição: Rebeca Cavalcante