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Início Bem viver Cultura

MEMÓRIA

Vladimir Herzog: o jornalista que se tornou símbolo da luta pela democracia

Neste 25 de outubro, completou 45 anos do assassinato do jornalista pela ditadura militar

26.out.2020 às 09h48
Porto Alegre
Vicente Giesel Hollas
Herzog, morto no DOI-Codi paulista durante a ditadura militar

Herzog, morto no DOI-Codi paulista durante a ditadura militar - EBC

Herzog trabalhou no período da ditadura militar no Brasil, que perdurou entre os anos de 1964 a 1985. Vlado, como era conhecido, foi assassinado após ter se apresentado, de forma voluntária, a depor no Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) no ano de 1975. Neste domingo (25), completou 45 anos da sua morte e o Instituto Vladimir Herzog se prontificou a dar uma entrevista para falar um pouco da vida deste grandioso profissional da mídia. Com prestígio a nível global, o jornalista havia trabalhado em vários veículos de mídia nacionais, como o Estado de S. Paulo, e internacionais, como a BBC de Londres.

“Vladimir Herzog segue vivo e presente em todas as ações do Instituto, que foi criado para manter viva sua memória e para honrar o legado e os valores que ele defendeu em vida”, comenta Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto. Segundo ele, falar do Vlado é falar também sobre o Brasil do presente, pois, ao retomar a violência cometida no passado, as brutalidades do tempo atual também ficam mais fáceis de serem identificadas. “Ainda convivemos com a violência do Estado, com as violações de direitos humanos, com ataques contra a nossa democracia, com a perseguição aos movimentos sociais, à cultura, aos jornalistas, a toda forma de liberdade de expressão”, complementa Sottili.

O diretor comenta que é justamente pelo fato dos cidadãos brasileiros não terem conseguido lidar com o passado autoritário que violências parecidas são praticadas hoje, por um governo fascista. “Nosso compromisso ao trazer à tona a lembrança da morte de Vlado é o de lembrar o passado para não repeti-lo”.

Segundo o Instituto, criado em 2009 pela família, amigos de Vlado e ex-colegas do jornalista, “em 1978, em consequência de processo aberto pela família Herzog, o Estado brasileiro foi condenado por sentença judicial como responsável pela prisão, tortura e morte do jornalista.” O principal objetivo da criação do Instituto foi de lutar por valores que defendam a “democracia, os direitos humanos e a liberdade de expressão”.

O ano de 1975

No ano de sua morte, Vladimir Herzog ocupava um cargo de grande relevância na TV Cultura. Sotilli pontua: “Vlado trabalhou em grandes veículos da imprensa, como o jornal O Estado de São Paulo, a BBC de Londres, a Revista Visão”. O Instituto lembra que houve muita comoção na época, principalmente entre os profissionais da área, que buscavam desmentir a farsa ideia de suicídio criada pelos militares.

Sotilli ainda enfatiza: “Quero destacar especialmente a atuação corajosa do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, com a participação de Audálio Dantas, Juca Kfouri, Fernando Pacheco Jordão, que lutaram muito para que a versão do suicídio forjada pelos militares não prevalecesse”.

Contudo, para o diretor do Instituto, a principal responsável por desmentir a versão do atentado contra a própria vida foi Clarice Herzog, que há mais de quatro décadas luta por “justiça e pela responsabilização do Estado brasileiro pela tortura e assassinato de seu marido”.

“Início do fim da ditadura”

No dia 31 de outubro de 1975, seis dias após o ocorrido, um ato ecumênico foi realizado na Catedral da Sé, no centro de São Paulo. Sotilli pontua: “Em plena ditadura militar, milhares de cidadãos se reuniram, entre 8 e 10 mil pessoas, para prestar suas homenagens ao Vlado e protestar pacificamente contra o regime. Foi o primeiro ato público dessa envergadura, com esse tamanho, a confrontar a ditadura militar. ” […] por isso, nós costumamos dizer que este ato inaugurou o início do fim da ditadura”.

A visão de outro jornalista

O jornalista e professor Cid de Queiroz Benjamin não conheceu Vlado, porém sabe que todos os que conviveram com ele tem muito respeito e dão muito valor ao profissional que Vladimir Herzog foi. “Com seu assassinato ele se tornou um símbolo da resistência contra a ditadura”, afirma.

Benjamin comenta que tem orgulho de ter integrado uma geração que lutou de verdade por mudanças sociais. Ele, que fez parte do Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR8), fala que a generosidade e desprendimento entraram para a história.

O jornalista conclui: “A ditadura cometeu crimes contra o povo. Os jornalistas foram vítimas não só da censura e da repressão a seu trabalho profissional, mas muitos deles conheceram também a prisão, a tortura e a morte”.

Relação História x Jornalismo

O historiador Leonardo Botega considera que tanto o jornalismo quanto a história pertencem a um campo importante do conhecimento humano: “as humanidades”. Indagado sobre a relação entre os dois campos de conhecimento, Botega afirmou que o jornalismo pode se tornar “limitado pelas forças do jogo do poder, político e econômico, sobretudo, pelas suas relações comerciais”. Já o outro campo, sob o olhar do historiador, não tem o direito da “ocultação das fontes”, mas se torna menos sujeita ao caráter comercial, de publicidade. “Me parece que as pressões do mercado e da aceleração do tempo informacional têm sido muito mais perversa com o jornalismo do que com a História”, avalia.

Para Botega, Herzog representa um caráter fortificador no processo de oposição à ditadura civil-militar. “O assassinato de Vlado ocorre em um momento onde a população começava a dar sinais de que a ditadura não era tão popular como as propagandas oficiais tentavam demonstrar”.

Segundo ele, que nasceu dois anos após a morte de Herzog, não vivenciou o período, em suas palavras, “mais duro” da ditadura. Por morarem em São Borja, em 1976, seus pais participaram do enterro de João Goulart, em um ato de apreço ao ex-presidente. “onde os gritos de Anistia marcaram fortemente os Ritos Fúnebres”. Botega também comenta que tinha seis anos quando houve os movimentos pelas Diretas Já e que se recorda da grande mobilização e alegria das pessoas na eleição, mesmo que indireta, de Tancredo Neves, assim como da comoção popular que marcou o enterro do mesmo.

Botega conclui: “minha memória de “não-historiador” é do tempo da Redemocratização, tempos de muita esperança, onde defender a ditadura era defender uma aberração. Basta ver o desempenho medíocre que os candidatos ligados ao governo ditatorial tiveram em 1989”.


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Editado por: Marcelo Ferreira
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