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Início Opinião

Edição 189 PR

Crescem os furtos de alimentos durante a pandemia no Paraná

Mulheres, mães e desempregadas são as que mais cometem furtos famélicos

27.out.2020 às 18h56
Curitiba PR
Raíssa Melo

Deixar o povo brasileiro com fome é, também, deixá-lo mais fraco com o fim de fazê-lo aceitar o cenário de miséria e de pobreza - Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Nos últimos cinco meses, foram registradas 5.289 ocorrências de furtos de alimentos ocorridos no Paraná, excluindo o furto de cargas. Esse número representa um crescimento de 38% se comparado de maio a outubro do ano anterior. Os produtos alimentícios mais furtados foram carne bovina (55%), leite e derivados (25%), alimentos infantis (12%), sorvetes e doces (5%), outros (3%). Desses delitos, 71,7% foram cometidos por mulheres, mães e desempregadas. Os números, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), ajudam a revelar o retrato da fome durante a pandemia no Paraná. 

De acordo com o artigo 24 do Código Penal, se alguém praticou um delito para “se salvar de perigo atual que não poderia ser evitado de outra forma”, fica “excluída sua ilicitude”, ou seja, os famintos não praticam crime ao furtar alimentos se for para saciar a fome. A concepção de fome, com base na lei, está ligada diretamente ao risco emergencial à vida. O acusado deve oferecer provas consistentes de que se encontra nessa situação. 

O tipo de alimento furtado implica diretamente no juízo de valor. Juízes analisam se houve escolha de maior valor ou que represente preferência por gosto e, nesses casos, os crimes passam a não ser considerados famélicos. Advogados e advogadas progressistas costumam usar o princípio da insignificância nesses casos, onde pelo pouco valor e dano não deveriam ser julgados na Justiça penal. Mesmo com o grande esforço desses profissionais, muitos dos casos chegam à terceira instância do Judiciário, causando uma superlotação, lentidão da Justiça e principalmente a criminalização da fome. 

Não há sentindo em criminalizar a pobreza nem do ponto de vista econômico, já que é custoso para o Estado a manutenção desses processos, nem do ponto de visto jurídico. 

Na pandemia, essa situação piorou. Os órgãos públicos responsáveis por monitorar a fome, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), vêm sofrendo diversos desmontes do governo federal. 
 

Por: Raíssa Melo

Jornalista, documentarista e fotógrafa. Atua com educomunição em oficinas com conteúdo étnico racial, gênero e políticas públicas. 

Editado por: Lucas Botelho
Tags: fome
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