Greve continua

Profissionais das escolas municipais do RJ decidem manter greve e aulas remotas

Prefeitura do Rio havia determinado na última semana que aulas presenciais deveriam retornar nesta quarta-feira

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Comunidade escolar tem se manifestado contra o retorno às aulas presenciais sem as devidas condições - Simpa

Os profissionais das escolas municipais do Rio de Janeiro decidiram, na última terça-feira (10), manter a greve e se posicionar contra o retorno das atividades escolares presenciais, anunciado pela Prefeitura do Rio e pela Secretaria Municipal de Educação (SME) para esta quarta-feira (11).

Em assembleia virtual do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), a categoria também decidiu por ampla maioria pela manutenção do ensino remoto que vem sendo aplicado aos estudantes. Na próxima segunda-feira (16), os profissionais da educação fazem nova assembleia.

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No encontro, que decidiu pela permanência da greve, 883 profissionais da rede municipal votaram. O Sepe também entrou na Justiça para barrar o retorno dos professores e funcionários às escolas e "para preservar a vida dos profissionais, alunos, responsáveis e demais integrantes das comunidades escolares e da população em geral", segundo disse em nota.

A justificativa para o ingresso na justiça, de acordo com o sindicato, é a "necessidade da manutenção das medidas de isolamento social, única maneira eficaz preceituada pela comunidade científica de impedir a disseminação do coronavírus e da pandemia na cidade do Rio de Janeiro".

Na semana passada, o Sepe já havia criticado a decisão da SME e argumentou que a pandemia não está controlada e a reabertura pode colocar em risco a vida de profissionais, alunos, responsáveis e demais integrantes da comunidade.

“Aconselhamos os responsáveis a não cair neste conto de que cada escola vai decidir ou não pelo retorno. Isso é uma irresponsabilidade do prefeito Crivella (Republicanos). Vários países da Europa estão enfrentando a segunda onda da pandemia com a multiplicação do número de casos e da procura por leitos hospitalares, o que provoca novamente o fechamento e a volta da restrição na circulação das pessoas", destacou o sindicato em nota.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda