João Pedro Stedile, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), respondeu nesta sexta-feira (13) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a influência dele no Ministério da Defesa e, consequentemente, nas Forças Armadas brasileiras.
O mandatário afirmou, em entrevista também nesta sexta, que a pasta estava "aparelhada" por partidos e pelo MST nos governos de Lula e Dilma. "O Ministério da Defesa é ocupado por gente do PT, do PCdoB. Só faltou o PSOL lá dentro. Até o MST estava dentro da Defesa, tomando conta de áreas estratégias", declarou Bolsonaro.
Ele seguiu, acusando nominalmente Stedile. "João Pedro Stedile não vai ter, lá no Ministério da Defesa, capachos dele. Ele vai ser o ministro da Defesa, com toda a certeza", garantiu o presidente a apoiadores.
O dirigente do MST rebateu as declarações pelo Twitter. "Quando o povo colocar na lata do lixo da história não caberá a mim estar no Ministério da Defesa. Espero que nenhum ministério, nunca mais, seja ocupado por pessoas, fardadas ou não, subordinadas aos EUA, mas por brasileiros comprometidos com nossa soberania nacional", disse Stedile.
Ele complementou, em outra mensagem: "Aliás, Jair Bolsonaro deveria perguntar ao general Villas Boas, antes de falar da minha influência nas Forças Armadas, se o serviço de inteligência do Exército tem registro de ingerência minha no Ministério da Defesa. Ele entende mesmo de rachadinha. Não sabe nada de Defesa".
