Democracia

Sabrina Fernandes: "Devemos ficar alertas para proteger as eleições da Venezuela"

Eleições da Assembleia Nacional estão marcadas para o próximo dia 6 de dezembro; há expectativas de ataques da direita

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Em vídeo, a cientista social do Tese Onze, Sabrina Fernandes, declara que é preciso apoiar a democracia e a soberania da Venezuela - Reprodução

No dia 13 de novembro de 2019, há pouco mais de um ano, a Embaixada da Venezuela em Brasília (DF) foi alvo de um ataque por parte de opositores do governo venezuelano. Na ocasião, uma tentativa de invasão foi movida por um grupo uniformizado de apoiadores do deputado autoproclamado presidente Juan Guaidó. Logo em seguida, o corpo diplomático e também parlamentares e militantes de movimentos populares do Brasil se dirigiram até o local para defender a soberania da Venezuela, materializada em sua embaixada.

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Para lembrar um ano do fato, a blogueira do Tese Onze e cientista social, Sabrina Fernandes, gravou um vídeo ao Brasil de Fato em que declara apoio ao corpo diplomático legítimo da Venezuela no Brasil, que "segue sob ataque e perseguição do governo Bolsonaro". Por diversas vezes o governo federal brasileiro tentou retirar as credenciais diplomáticas dos representantes do Estado venezuelano.

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Fernandes também afirma que esse contínuo ataque guarda relação com a eleição da nova Assembleia Nacional venezuelana, que será celebrada no país no próximo dia 6 de dezembro. "É uma eleição com representatividade expandida desta vez, então vão ser eleitas mais pessoas para a Assembleia Nacional, e a gente sabe que há uma pressão vinda da direita". Ela cita o discurso de fraudes promovido por setores da direita, comparando com a narrativa do estadunidense de Donald Trump, como um risco à soberania democrática e popular da Venezuela.

"Nós devemos ficar alertas a esse processo para tentar proteger ao máximo o processo eleitoral democrático na Venezuela no dia 6 de dezembro", defende. Ela explica também que as eleições venezuelanas estão sendo organizadas com os devidos cuidados diante da pandemia e que, assim como o Brasil, no país também se utiliza a urna eletrônica.

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A cientista social chama a atenção que um grupo de observadores internacionais estará no país acompanhando o momento eleitoral, como vem ocorrendo nos pleitos anteriores, para garantir que seja "um processo livre e que a vontade do povo seja respeitada".

Assista ao vídeo:

Edição: Vivian Fernandes