Campanha

Campanha de tributação de super-ricos debate o financiamento da saúde pública

Diálogo tem a participação da deputada Jandira Feghali e do economista Paulo Nogueira Batista Jr.

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A maior parte da renda dos mais ricos vem dos lucros e dividendos de suas empresas ou negócios e esses rendimentos são isentos do Imposto de Renda - Divulgação

Nesta quarta-feira (18), às 18h, a Campanha Tributar os Super-Ricos promove um diálogo com o tema “Tributar os super-ricos para investir na Saúde Pública”.  

Participam a médica e deputada federal, Jandira Feghali, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Sandro Alex de Oliveira, e o integrante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Getúlio Vargas Júnior. A presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira, será a debatedora em nome da coordenação da campanha. E a mediação será da jornalista e editora do jornal Brasil de Fato, Katia Marko. 

Durante a pandemia, 42 bilionários aumentaram seu patrimônio em R$ 170 bilhões, valor superior ao orçamento da Saúde Pública no Brasil em 2020. Ao mesmo tempo, nove milhões perderam o emprego e milhares de negócios quebraram.  

::Taxação dos super-ricos é a aposta dos movimentos sociais para superação da crise::

Salvar vidas

Uma internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por covid-19 custa, em média, R$ 45 mil. “Tributar os super-ricos é urgente e necessário para salvar vidas. Precisamos de mais leitos, mais médicos, mais remédios, mais atendimento básico e mais justiça fiscal”, registra a presidenta do Instituto de Justiça Fiscal (IJF), Maria Regina Paiva Duarte. 

A representante do IJF, uma das dezenas de entidades que promovem a campanha, explica que há oito projetos prontos para serem pautados no Congresso Nacional que elevam a tributação de altas rendas e grandes patrimônios e reduzem impostos para os mais pobres e pequenas empresas. “Se aprovados, taxam apenas os 0,03% mais ricos e podem aumentar a arrecadação em quase R$ 300 bilhões por ano, quase o dobro do orçamento previsto para a Saúde Pública neste ano”, ressalta a auditora fiscal aposentada da Receita Federal. 

Saúde não pode esperar

A campanha afirma que a riqueza total estimada dos 42 bilionários do Brasil é de aproximadamente R$ 600 bilhões. Com um imposto de 2% sobre essa fortuna, daria para arrecadar R$ 12 bilhões por ano, valor suficiente para garantir o funcionamento de Unidades de Tratamento Intensivo para 267 mil pacientes infectados pela covid-19 no país.

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Lançada no dia 29 de outubro, com apoio de mais de 60 entidades nacionais, a campanha promoverá uma série de debates, iniciando com a questão do financiamento da saúde pública. 

A live terá transmissão pela página da campanha no Facebook, com replicação em outras diversas páginas das entidades participantes, além da Rede Soberania e do Brasil de Fato RS. Acompanhe a campanha também nas redes no Instagram e Twitter.


Live contará com a presença da deputada federal Jandira Feghali / Divulgação

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Katia Marko