Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Opinião

O que significa o 14º Plano Quinquenal da China?

Plano, previsto para cobrir o período de 2021 a 2025, define metas audaciosas para o desenvolvimento social do país

25.nov.2020 às 12h15
Haroldo Lima
|Opera Mundi

O desenvolvimento da China e de outros países são responsáveis pela criação de uma situação internacional multipolar - AFP

A aprovação do 14º Plano Quinquenal da China, em outubro passado, indica que o grande país asiático continuará, no futuro próximo, com o incrível ímpeto desenvolvimentista das últimas quatro décadas. O plano, previsto para cobrir o período de 2021 a 2025, define metas audaciosas para o desenvolvimento social do país e tornará mais esfuziante ainda a fisionomia da China moderna.   

O elevado crescimento chinês das últimas quatro décadas é um feito excepcional, verdadeiro “fenômeno chinês” contemporâneo, iniciado com a proclamação da República Popular, em 1949, ganhando novas configurações em 1978 e vindo até os dias de hoje.

:: Leia mais: A hegemonia dos EUA e a ascensão da China, por Samuel Pinheiro Guimarães ::

Nesse período, a China percorreu uma trajetória sinuosa, teve altos e baixos, mas manteve objetivos perenes como: 1) a construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva, que incorpora avanços civilizatórios e resgata o melhor das tradições milenares do povo chinês; 2) a criação de uma base econômica poderosa, moderna, integrada com o mundo exterior, mas independente dele; 3) a montagem de uma defesa inexpugnável, ágil e versátil, com alta capacidade de dissuasão. 

Todos esses objetivos foram alcançados em um curto período. No alvorecer do século 20, tropas de oito potências imperialistas — Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Rússia, Itália, França, Áustria e Japão — estiveram em território chinês. Hoje, isto é impensável. Durante quase todo o século 20, a economia chinesa era bem menor do que as maiores do mundo. Hoje, é a primeira, sob o critério da Paridade de Poder de Compra, e a segunda, em PIB nominal medido em dólar.   

Ocorre que os povos do mundo, sobretudo os dos países menos desenvolvidos ou em desenvolvimento, querem crescer e buscam uma economia pujante. Aparece, então, a tendência natural a se levar em conta com o exemplo que está dando certo, e o caminho chinês passa a ser observado.

:: Leia também: China e EUA: o que há por trás da maior disputa comercial do mundo? ::

E aí vem um problema. É que aqui no Ocidente, e naturalmente no Brasil, noticiam-se os feitos da China, analisam-se seus projetos, mas omite-se cuidadosamente o que os chineses declaram ser a razão de ser das suas vitórias, o socialismo de mercado que há anos constroem. A própria palavra socialismo, entre nós, não é sequer citada, salvo meritórias exceções que existem.  

Aliás, analistas toscos do capital e a grande mídia não aceitam, nem falam, que a economia que mais cresce no mundo, há décadas, é socialista; não dizem que o país onde essa economia se desenvolve é dirigido por um Partido Comunista; que o socialismo, dito morto, lá está vivo, inovando, e na frente do desenvolvimento do mundo.

Diferentemente, o artigo escrito na Folha de São Paulo, em 13 de novembro passado, pelo Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, sobre o 14º Plano Quinquenal, diz logo em seu primeiro parágrafo que o Plano inaugurará “uma nova etapa no caminho para um Estado socialista amplamente modernizado” em seu país. Evitar temas sobre o socialismo contemporâneo e suas manifestações atuais mais avançadas é completamente contraproducente.

A partir de 1978, a China fez sucessivas alterações em seu modo de produção, conformando o que hoje é a economia socialista de mercado. Planejamento global amplo, produção de mercadorias respeitando a lei do valor, propriedade estatal da terra, controle da política monetária e da de investimentos, remuneração segundo o trabalho, ter por objetivo central o desenvolvimento das forças produtivas, ampliar a democracia, reforçar o sistema legal socialista, descentralizar e, finalmente, promover a coexistência de diferentes formas de propriedade sob a égide da propriedade social, tais são, em grandes linhas, algumas das características da economia socialista de mercado que se desenvolve na China. Ditas características ultrapassaram a planificação ultracentralizada, de inspiração soviética, a uniformidade distributiva que mirava o “igualitarismo”, a estatização total dos meios de produção e a exacerbação da burocracia. 

Como tudo isto é desenvolvimento do socialismo, segue sendo da maior importância examinar a dinâmica interna da economia socialista de mercado, identificando suas formas novas e os mecanismos que asseguram o prevalecimento do interesse social no conjunto da economia. Estudos se desenvolvem sobre o tema na China e em outros países. No Brasil, o professor Elias Jabour tem dado importantes contribuições na compreensão de como funciona esse sistema.

:: Arquivo BdF: Para entender a China, o país que pretende ser a nova liderança global ::

Quando esse tema é colocado, aparece com frequência o aforismo “não importa a cor do gato, contanto que ele cace rato”, que teria sido dito no final da década de 1970 pelo dirigente chinês Deng Xiaoping. Fora do contexto, a frase tem sido interpretada segundo óticas diversas. Uma delas concluiu que ela significa “não existe ideologia quando se trata de tecnologia” (Diário do Poder, 07/02/2019). É uma falsidade.

O ponto de partida das mudanças registradas recentemente na China e que deram na atual economia socialista de mercado foi a 3ª Sessão Plenária do 11º Comitê Central realizada de 18 a 22 de dezembro de 1978, que contou com a presença de Deng Xiaoping, o grande inspirador das mudanças ocorridas.

Deng fundamentou seus pontos de vista em diversos textos, alguns copilados em seus “textos escolhidos”. Observando o quadro geral da China no período da 3ª reunião referida, escreveu: “Livramo-nos do caos promovido durante dez anos por Lin Biao e o 'bando dos quatro' e criamos uma situação política estável, indispensável para nossa modernização socialista.” Esta situação “permite agora a todo partido trasladar, a partir deste ano, o centro de gravidade de seu trabalho para a modernização socialista.” “… temos razões suficientes para afirmar que estamos vivendo agora o começo de uma nova etapa de desenvolvimento histórico”.

O aforismo de “não importa a cor do gato contanto que cace ratos” coloca-se nesse contexto: não importa a cor do gato contanto que esteja a serviço da modernização socialista. É totalmente descabida qualquer interpretação que signifique abandonar o caminho socialista para construir qualquer tipo de capitalismo. 

Os povos do mundo rejubilam-se com o desenvolvimento da China e de outros países, responsáveis pela criação de uma situação internacional multipolar. Buscam caminhos próprios de desenvolvimento, repelem a ideia de copiar modelos, mas precisam conhecer e se inspirar na fase atual de desenvolvimento do socialismo no mundo, que tem na China o exemplo mais expressivo.

Conteúdo originalmente publicado em Opera Mundi
Tags: china
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ORGANIZAÇÃO

Saiba onde votar no plebiscito pelo fim da escala 6×1 e pela taxação dos super ricos em MG

Trabalho escravo

MPT pede anulação de acordo que tirou empresa da Lista Suja

50% de tarifa

Governo quer mais prazo e indústria envolvida em negociação de tarifaço de Trump

Repúdio

Câmara de Comércio dos EUA critica tarifas impostas aos produtos brasileiros

Disputa geopolítica

Tarifa de Trump é vista como retaliação à cúpula do Brics por 41% dos brasileiros, aponta AtlasIntel

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.