SÃO PAULO

Programa Transcidadania abre inscrições nesta segunda (14)

Para realizar a inscrição é necessário comparecer a um dos Centros de Cidadania LGBTI da cidade até 18 de dezembro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

São 510 vagas divididas pelos centros LGBTIs de cada região da capital paulista - Foto: Mídia Ninja

As inscrições para o Programa Transcidadania foram abertas nesta segunda-feira (14). Criado pelo ex-prefeito Fernando Haddad em 2015, o projeto promove a reintegração social de pessoas trans e travestis em situação de vulnerabilidade por meio do incentivo à educação. 

Baseado nos eixos da autonomia, cidadania e oportunidades, o objetivo do programa é elevar o nível de escolaridade entre a população trans. 

:: População LGBTI negra no país luta para garantir direito à sobrevivência, diz estudo ::

Mantido pelas gestões tucanas, o Transcidadania conta, atualmente, com 510 vagas e concede um auxílio mensal de R$ 1.097,00 para os beneficiários. A transferência de renda possibilita que a carga obrigatória de atividades escolares sejam concluídas. 

As vagas estão divididas entre os quatro centros LGBTI da cidade. São eles o Centro de Cidadania LGBTI Claudia Wonder, na Zona Oeste, o Centro de Cidadania LGBTI Laura Vermont, na Zona Leste, e o Centro de Cidadania LGBTI Luana Barbosa dos Reis, na Zona Norte e o Centro de Cidadania LGBTI Edson Néris, na Zona Sul. 

:: Via Campesina discute sexualidade e luta política na 1ª Plenária LGBTI do Campo ::

Além da possibilidade de concluir o ensino fundamental e médio, o Transcidadania fornece atendimento psicológico, jurídico, social e pedagógico ao público participante durante os dois anos de permanência no programa.

As inscrições estão abertas até 18 de dezembro.

Critérios obrigatórios

Para se inscrever no Transcidadania, é necessário comparecer ao centros LGBTI da sua região presencialmente e corresponder a alguns critérios como ter mais de 18 anos, apresentar comprovante de matrícula na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e estar sem emprego há mais de três meses.

É importante ressaltar que as inscrições são voltadas apenas aos cidadãos e cidadãs que se auto declaram travesti, mulher ou homem transexual. 
 
Também é imprescindível ter disponibilidade para dedicação de 30 horas semanais destinadas à frequência escolar e atividades organizadas pela equipe técnica do programa.

:: Ativistas denunciam corte em programas destinados a pessoas trans na gestão Dória ::

No momento da inscrição é necessário levar o RG, CPF, comprovante de endereço e carteira de trabalho. 

Quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio-doença ou participou do  Programa Operação trabalho (POT) por 2 anos, não possui aptidão para realizar o cadastro. 

Confira os endereços dos Centros de Cidadania LGBTI aqui.

Edição: Daniel Lamir