É oficial

Colégio Eleitoral confirma oficialmente vitória de Joe Biden nos EUA

Congresso precisa validar os resultados em uma sessão prevista para o dia 6 de janeiro; Biden toma posse no dia 20

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Em votos populares, até as 10h desta segunda, Biden havia conquistado 51,3% dos votos - Reprodução

O Colégio Eleitoral dos EUA confirmou nessa segunda-feira (14) a eleição de Joe Biden como presidente, e a de Kamala Harris para vice. O resultado, até o fechamento deste texto, é 302 votos para Biden e 232 para o atual presidente, o republicano Donald Trump. Ainda falta o Estado do Havaí, que deve enviar seus votos às 2h desta terça (15).

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Não houve votos contrários ao desejo dos eleitores nas urnas com os chamados eleitores infiéis. 

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Agora, o Congresso precisa validar os resultados em uma sessão prevista para o dia 6 de janeiro. Biden toma posse no dia 20 do mesmo mês.

Em votos populares, até as 10h desta segunda, Biden havia conquistado 81.282.896 (51,3%); Trump, 74.222.484 (46,8%).

Mas o sistema eleitoral norte-americano é indireto. No dia da votação popular – que ocorreu neste ano em 3 de novembro – a população norte-americana, na verdade, votou para delegados. São esses delegados que escolhem o presidente de acordo com o resultado no Estado.

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Na maioria dos Estados, o candidato que obteve mais votos leva todos os delegados. Por exemplo: todos os 16 delegados da Geórgia irão para Joe Biden, que venceu por 0,24 ponto percentual. A única exceção são os Estados do Nebraska e do Maine, que dividem seus votos eleitorais por distrito.

O delegado era obrigado em alguns Estados a votar no vencedor local, mas, em outros – ao menos em tese – ele poderia votar em quem quisesse.  O delegado que vota em um candidato diferente é chamado de faithless elector (eleitor infiel). Em toda a história eleitoral dos EUA, 165 delegados votaram em candidatos para os quais não haviam sido designados.  

Golpismo

Normalmente, a votação no Colégio Eleitoral é uma mera formalidade. Porém, neste ano, com a insistência golpista de Trump de tentar reverter o resultado da eleição, a evolução dos votos ganhou importância.

Republicanos prometem protestar contra os delegados na sessão do Congresso em janeiro. Esse protesto precisa ser feito por um deputado e um senador. Caso aconteça, a sessão de validação é interrompida, mas a decisão sobre a validade dos delegados da eleição presidencial é tomada pela Câmara – onde o Partido Democrata, de Biden, tem maioria, tornando praticamente impossível uma virada nos resultados.