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Combate à violência

Balanço da violência contra a mulher no Cariri. Onde estão os números?

O ano de 2020 trouxe inquietações acerca do baixo número de denúncias de violência contra a mulher na região do Cariri.

28.dez.2020 às 10h39
Crato (CE)
Lara Alencar

Os dados de 2019, comparados com os de 2016, mostram que na cidade de Juazeiro do Norte houve um aumento de 281 casos, já em Crato teve aumento de 210 e em Barbalha o aumento foi de 121 casos. - Foto: PCPR

A violência contra a mulher é um problema mundial que só aumenta todos os dias. No Cariri Cearense, infelizmente, não poderia ser diferente. De acordo com os dados da Universidade Regional do Cariri (URCA), do Observatório da Violência e Direitos Humanos, presentes no caderno intitulado como “Diálogos sobre as experiências de enfrentamento à violência contra a mulher no interior do Cariri”, que contém informações coletadas do ano de 2019 no CRAJUBAR, que engloba os municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha o número de casos só aumentam. 

Os dados de 2019, comparados com os de 2016, mostram que na cidade de Juazeiro do Norte houve um aumento de 281 casos, já em Crato teve aumento de 210 e em Barbalha o aumento foi de 121 casos. Esses dados foram coletados nos Setores de Segurança Pública: Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Juazeiro do Norte e Crato; Delegacia Civil de Barbalha; Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NUDEM), no Crato e Setores da Saúde e Assistência Social: Vigilância Epidemiológica das Secretarias de Saúde em Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha e; Centro de Referência da Mulher (CRM) em Juazeiro do Norte e Crato.

Por conta da pandemia do novo coronavírus esses números ficaram incertos. De acordo com a Eco Nordeste, a região do Cariri, que é conhecida como um dos lugares com maiores registros de violência contra a mulher do interior do Estado do Ceará, durante o isolamento social, vinha sendo registrado poucos Boletins de Ocorrência (BOs), se comparados à mesma época em 2019. 

Uma das causas apontadas para essa diminuição de casos é a dificuldade em se locomover, já que os transportes públicos ficaram muitos meses sem funcionar, além de que o comércio estava todo fechado e muitas mulheres não podiam sair de casa dando alguma desculpa para irem à delegacia. Infelizmente, grande parte destas só consegue denunciar quando falam para seus companheiros que vão ao mercado ou ao hospital.


A Patrulha Maria da Penha recebe denúncias por meio do número 153. / Foto: Prefeitura de Juazeiro do Norte

Patrulha Maria da Penha 

Segundo os dados do Observatório de Violência da URCA, Juazeiro do Norte é a cidade que mais têm casos registrados de violência contra a mulher no CRAJUBAR. Para garantir mais medidas protetivas a essas mulheres, desde setembro de 2019 foi implantado de forma pioneira no Estado do Ceará a Patrulha Maria da Penha, que conta com veículo que auxilia os guardas civis municipais no acompanhamento de mulheres vítimas de violência doméstica com medidas protetivas. Adesivado e adaptado, o carro poderá conduzir os agressores à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).  

De acordo com matéria veiculada através do site da Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, o projeto acompanha de setembro de 2019 até hoje, 219 mulheres com medidas protetivas de urgência concedidas pelo poder judiciário no município.  Além disso, efetuou 19 prisões em flagrante, não apenas reduzindo a reincidência da violência doméstica e familiar, como também evitando até prováveis feminicídios.

O acompanhamento está sendo feito por meio de ligações assistidas, por conta da pandemia, mas em casos graves, o atendimento é realizado presencialmente. O patrulhamento é realizado pela Guarda Civil Metropolitana diariamente, incluindo finais de semana e feriados, durante 24h. As denúncias podem ser feitas pelo número 153.

Semente da esperança 

Na região do Cariri, existem alguns movimentos de enfrentamento à violência contra a mulher, podemos citar entre eles a Frente de Mulheres do Cariri e o Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec). Esses grupos são compostos por mulheres com diferentes corpos, lutas e histórias. 

Na cidade de Crato, de acordo com o Observatório de Violência da URCA, em 2019, a Delegacia da Mulher (DDM) recebeu mais de 481 boletins de ocorrência. Dentro do CRAJUBAR, Crato é a segunda cidade que mais tem casos de violência contra a mulher. 

Assim como em Fortaleza, a cidade do Crato também contou com uma candidatura coletiva para a Câmara de Vereadores do município, o “Coletivo Sementes” que tinha como propostas lutar para que os números de violência contra a mulher mudassem e que as mulheres pudessem ter direito à vida e à liberdade. O Coletivo é composto por cinco mulheres: Valéria Carvalho, Ivaneide Severo, Verônica Isidório, Luana Ricarto e Jéssica Lorenna. De acordo com Verônica Isidório, uma das integrantes do coletivo e que encabeça a chapa, a criação do Coletivo Sementes não veio de uma hora para a outra, são mulheres que estão na luta há muito tempo, atuando nos movimentos e na política do Cariri.

“As mulheres do Coletivo Sementes tem se encontrado e se fortalecido na luta, por tanto não havia outro caminho para nós, se não fosse organizar um coletivo de cinco mulheres negras, professoras e da luta para ocupar o poder político formal no legislativo Cratense”, explica Verônica. A Câmara do Crato tem 19 vagas e somente duas são ocupadas por mulheres, no entanto essas mulheres, de acordo com ela, não representam a luta pela sobrevivência das mulheres negras, pobres e LBTs do município de Crato. “Precisávamos colocar nossos nomes, nossos corpos e nossa luta a disposição da população do Crato, como uma alternativa diferente, onde as pessoas olhassem para nós e nossas propostas e se vissem nelas, e isso aconteceu fortemente em cada visita nos bairros, vilas e distritos e o grande resultado disso tudo foi uma votação significativa, somando 1.257 votos”, afirma.


O Coletivo Sementes obteve 1.257 votos. / Foto: Redes Sociais

Verônica diz que o coletivo não pôde assumir a vaga na Câmara porque o partido não conseguiu atingir o coeficiente eleitoral do município, mas ressalta a importância registrar que o coletivo obteve mais votos que a metade dos vereadores eleitos. “Isso para nós dá um respaldo muito grande e força para continuarmos a nossa luta de sempre, e agora com a certeza que a população compreende e acolhe essa luta”, finaliza Verônica. 

Além disso, o coletivo incorporou dentro do seu número o 180 que é o canal de denúncia onde às mulheres, que sofrem violência, podem ligar para denunciar os abusos sofridos. Verônica conta um pouco sobre o porquê da escolha do número. “A luta pelo fim da violência contra mulher tem sido o nosso grande mote de enfrentamento, por isso escolher o número 50.180 foi importante, pois ao mesmo tempo que divulgamos nosso número de candidatas, insistimos no combate à violência contra mulher divulgando o Disque 180, número para denunciar esse tipo de violência, como forma de romper com o silêncio das vítimas.”.

Verônica fala que durante a pandemia muitas mulheres ligaram para os números pessoais de pessoas que compunham a Frente de Mulheres e o Grunec para fazer denúncias, “quero aqui registrar que tanto a Frente de Mulheres do Cariri, como o conselho da mulher de Crato e o Grunec, receberam muitas denúncias de violência contra mulheres e contra crianças e adolescentes, neste período de pandemia, e é importante dizer que essas denúncias foram feitas nos contatos pessoais das mulheres que compõem esses três grupos, e um dos motivos das pessoas nos procuram é porque o atendimento nos órgãos oficiais é muito difícil, burocrático e muitas vezes exige uma tecnologia que muitas dessas mulheres não têm acesso.”.

Editado por: Francisco Barbosa
Tags: brasil de fato cecombate à violência contra a mulhercratofeminicídiojuazeiro do nortemaria da penha
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