Pandemia

Com 1.194 mortes por covid-19 registradas, Brasil confirma pior marca desde setembro

Anvisa anuncia que se reuniu com a Pfizer para tratar do registro no Brasil da vacina contra covid para uso emergencial

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Por dois dias consecutivos o Brasil superou a triste marca do dia 15 de setembro - Clovis Prates/HCPA

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.194 mortes por coronavírus, o maior número dos últimos quatro meses. Na última terça-feira (29), foram 1.111 óbitos. Por dois dias consecutivos o Brasil superou a triste marca do dia 15 de setembro, que teve 1.094 falecimentos registrados por conta da doença. Ao todo, 193.875 mortes por covid-19 foram registradas no país.

O número total de casos saltou para 7,6 milhões. Nas últimas 24 horas, o país registrou 55.694 novos infectados pelo coronavírus.

Vacina

Em decisão liminar, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a autorização para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere o uso emergencial de vacinas em até 72h após a realização do pedido pelos laboratórios.

Para ocorrer a liberação, a vacina deve ter sido aprovada por ao menos uma agência reguladora estrangeira de referência.

A decisão atendeu a um pedido do partido Rede Sustentabilidade nesta terça-feira (29) para manter a vigência de trechos das medidas excepcionais adotadas em função da pandemia de covid-19 que perderiam a validade nesta quinta-feira (31).  

"A insidiosa moléstia causada pelo novo coronavírus segue infectando e matando pessoas, em ritmo acelerado, especialmente as mais idosas, acometidas por comorbidades ou fisicamente debilitadas”, afirmou o ministro.

Anvisa

A Anvisa anunciou que dirigentes do órgão se reuniram, na manhã desta quarta-feira (30), com representantes da Pfizer, um dos laboratórios que fabricarão as vacinas contra a covid-19.


Jos Hermans, 96, recebe uma dose da vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19 durante campanha de vacinação na Bélgica que teve início nesta segunda-feira (28) / Dirk WAEM / POOL / AFP

De acordo com a Anvisa, o encontro foi para tratar do registro da Pfizer no Brasil e da autorização de uso emergencial da vacina. No encontro, a agência solicitou que o laboratório informe a quantidade de vacinas que serão disponibilizadas para o país, assim o governo federal pode agilizar o desembaraço aduaneiro.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que até o dia 15 de janeiro de 2021, serão entregues os últimos documentos para formalizar o registro da vacina produzida pela Universidade de Oxford.

A Fiocruz prevê a entrega do primeiro lote de vacinas, com cerca de 1 milhão de doses, para o dia 8 de fevereiro. A farmacêutica União Química informou que pedirá o registro da vacina Sputinik V, fabricada na Rússia.

Argentina

Enquanto o Brasil negocia com a Pfizer, a Argentina anunciou um acordo com a AstraZeneca, que recebeu autorização para uso emergencial da vacina do laboratório, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. É a 3ª vacina a ser autorizada no país, depois da Sputinik V e da Pfizer. O país vizinho iniciou a vacinação em massa da população nesta terça-feira (29) com a vacina russa Sputnik V.

Edição: Leandro Melito