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Sem reajuste, trabalhadores da saúde no RS realizam novo ato "Palmas não Bastam"

Mobilização do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde denunciou, na capital gaúcha, falta de reajuste para a categoria

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Protesto de trabalhadores da saúde em frente ao Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, contra a falta de reajuste salarial - Reprodução

Os trabalhadores da saúde organizados no Sindisaúde-RS estão se mobilizando contra a rejeição de hospitais do Rio Grande do Sul a um reajuste salarial para a categoria. Pela sétima vez, os profissionais se mobilizaram à frente de hospitais do estado para chamar a atenção da sociedade para o descaso que os considerados "heróis da pandemia" estão recebendo dos chefes e patrões dos estabelecimentos médicos.

As mobilizações estão sendo chamadas de "Palmas não Bastam", em referência às homenagens que os trabalhadores da saúde têm recebido da mídia e até mesmo de celebridades. Segundo o sindicato, o recado que parece ser dado é que os patrões podem até bater palmas para os trabalhadores da saúde, desde que isso não signifique mexer no bolso.

Desde as 12h desta quarta-feira (6), a diretoria do Sindisaúde-RS foi para a frente do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, local que, segundo o sindicato, é conhecido por atender membros da elite gaúcha. Um dos objetivos é denunciar a rejeição a um aumento que cubra, ao menos, a inflação do período, mesmo os hospitais do estado tendo recebidos recursos extras devido à pandemia.

"Em nosso entendimento, os patrões defenderem esse absurdo é como se eles quisessem dizer aos trabalhadores que salvam nossas vidas que a vida deles vale menos, que não estão nem aí para as contas dos trabalhadores e suas famílias", avalia a direção do Sindisaúde-RS em nota. 

Segundo o Sindisaúde, os atos nos estacionamentos dos hospitais seriam os únicos possíveis de se realizar em meio à pandemia com possibilidade de causar incômodo às gestões, que fazem a proposta de 0% para os trabalhadores e se recusam ao diálogo.

Em outra oportunidade desta mobilização, no dia 15 de dezembro, no estacionamento do mesmo hospital Moinhos de Vento, os sindicalistas foram ameaçados por seguranças de armas em punho. "Aparentemente, a administração do Moinhos entende que um ato pacífico deve ser suspenso à mão armada", afirma o sindicato em nota.

Nesta quarta (6), novamente, o Hospital Moinhos recorreu à força para dissipar a manifestação, chamando a Brigada Militar. Contudo, ao chegar ao local, a BM não encontrou qualquer ilegalidade e, após meia hora, foi embora, com o ato continuando.

Além do Moinhos de Vento, ocorreram manifestações semelhantes no Hospital de Clínicas; no Hospital São Lucas, da PUC-RS; no Divina Providência; e no Fêmina.


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Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Camila Maciel e Katia Marko