Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Censo

Com nova categoria “negro(a)”, censo argentino será realizado após fim da pandemia

Pelo menos 150 países adiaram o censo 2020, segundo o Fundo de População das Nações Unidas

29.jan.2021 às 17h07
Buenos Aires (Argentina)
Fernanda Paixão

Resultados da etapa pré-censal ainda serão publicados, com levantamento sobre quantidade e tipos de moradias existentes no país. - IPEC Misiones

A maioria dos países realiza o censo demográfico a cada 10 anos, em anos terminados em zero. Com a pandemia, os censos de 2020 foram postergados, em alguns casos, sem previsão de nova data. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 150 países realizariam o próximo censo em 2020 ou 2021.

É o caso da Argentina que, por decreto, determinou que o Censo Nacional de População, Habitação e Moradia será realizado após o fim da emergência sanitária. Postergado por pelo menos um ano segundo o decreto, publicado 12 de março de 2021, o Instituto Nacional de Estatística e Censo da Argentina (Indec) terá o prazo de 60 dias posteriores ao fim da pandemia para estabelecer a nova data.

:: Leia também: "Grandeza política", diz Lula ao agradecer Maduro por oxigênio enviado a Manaus ::

O próximo censo argentino terá duas importantes incorporações nos questionários: identidade de gênero do entrevistado e a categoria negro(a) na seção sobre reconhecimento e pertencimento étnico-racial.

Apoio digital

Apesar do alcance limitado, o UNFPA recomenda aos países o uso de questionários virtuais para apoiar a realização do censo demográfico.

O diretor do Indec, Marco Lavagna, anunciou o lançamento de uma ferramenta digital para complementar a realização da pesquisa domiciliar decenária.

"É uma incorporação nova, que permitirá que as distintas pessoas possam responder ao questionário de maneira virtual como um complemento à operação presencial ", explicou Lavagna. "Isso irá gerar uma maior qualidade do dado e nível de resposta."

O censo reúne dados importantes que permitem direcionar políticas públicas segundo a realidade do país. A pesquisa revela estatísticas sobre número de habitantes, moradia, classe, gênero, raça, entre outros.

:: Leia também: Perícia identifica assinatura falsificada de Maradona em pedido de histórico clínico ::

Durante 2020, o Indec trabalhou no que o instituto denomina como tarefas de gabinete, para preparar a fase do pré-censo nacional de moradias, parte do Arquivo de Domicílios da Argentina. Esta etapa consiste em um levantamento da quantidade e tipos de moradias existentes no país. Além disso, o instituto preparou o desenho dos questionários e dos sistemas informáticos que serão utilizados para a realização do censo.

Censo incluirá categoria para pessoas negras

A inclusão da categoria "negro/negra" no censo demográfico argentino foi fruto do debate e militância dos movimentos negros do país. A discussão sobre essa leitura étnico-racial no país não foi uma opinião unânime nos movimentos, uma vez que o termo é controverso na Argentina.

A palavra "negro" é amplamente utilizada na Argentina de forma pejorativa, como adjetivo direcionado a situações e, principalmente, a pessoas. Este uso dificulta a construção subjetiva das pessoas negras no país e, consequentemente, do autorreconhecimento.

:: Saiba mais: Argentina é condenada por racismo pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ::

A brasileira e antropóloga social Denise Braz foi a primeira pessoa negra a receber o título de mestre da faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (UBA). Dedicou sua pesquisa à história dos afrodescendentes na Argentina, e aprofundou-se sobre o papel do censo para invisibilizar a população negra no país.

"Graças ao censo, foi possível invisibilizar e negar a população afrodescendente de maneira legal. Não contabilizadas no censo, essas pessoas de fato não existem para o Estado. Daí criou-se o mito de uma Argentina culturalmente europeia e fenotipicamente branca", pontua Braz.

Integrante da militância organizada na Argentina, ela conta que foi uma das pessoas que votaram contra a inclusão da categoria "negro(a)" no censo. Ressalta que, do contrário do Brasil, a Argentina ainda não conta com leis específicas que criminalizem o racismo e que o termo carrega uma forte conotação negativa no país.

"Foram debates acalorados, mas, de uma maneira democrática, foi decidido que a categoria 'negro(a)' seria incluída no próximo censo. Vamos provar, acho vale a pena. Estamos na construção do nosso movimento, e é um direito nosso construir essa caminhada", afirma Braz.

A história do censo argentino

Pela primeira vez, em 2010, o censo demográfico da Argentina considerou a ascendência africana dos habitantes do país, com a categoria mais ampla "afrodescendente". Historicamente, não foi o único grupo social excluído das estatísticas nacionais, os povos originários foram incluídos no censo argentino apenas em 2001.

"Para nós, é importante manter essas perguntas e algumas incorporações que fizemos para acompanhar a evolução", aponta Lavagna, diretor do Indec. "A missão do instituto é ter um retrato preciso do país através dessa operação. Depois, cada um poderá tomar decisões em função desta informação, disponível aos setores público e privado", concluiu.

O primeiro censo nacional da Argentina foi realizado em 1869. Até o último censo, de 2010, o procedimento realizava o levantamento da população "de fato", no qual registra o local determinado onde a pessoa entrevistada se encontra no momento do censo. No próximo censo, será utilizado o levantamento da população "de direito", ou seja, onde residem habitualmente.

Em 2010, sob o governo da atual vice-presidenta do país, Cristina Fernández de Kirchner, o censo passou a aprofundar temáticas sobre os povos originários e a reconhecer famílias com casais do mesmo sexo. A leitura sobre a sociedade argentina no censo foi acompanhada de outra conquista no mesmo ano, a Argentina foi pioneira na América Latina em aprovar a lei do casamento igualitário, no dia 15 de julho de 2010.

Editado por: Marina Duarte de Souza
Tags: argentinacenso
[jit-ads-region slot="artigos-halfpage-sidebar"]
[sibwp_form id=1]

Veja mais

assistência

Quem tem direito e como vai funcionar o programa Gás do Povo?

NO VATICANO

Bispo de Santa Cruz do Sul (RS) tem encontro com Papa Leão 14

Em Belo Horizonte

Lula se emociona ao lançar Gás do Povo para 15,5 milhões de pessoas: ‘Minha mãe já chorou por causa de um botijão de gás’

MOBILIZAÇÃO

Vida além do trabalho: fim da escala 6×1 reacende luta histórica do povo brasileiro

Edital

Veja concursos abertos com mais de 600 vagas e salários de quase R$ 10 mil

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • Rússia
    • EUA
    • Cuba
    • Venezuela
    • China
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.