8.414 casos em 24h

Amazonas tem 148 mortes em 24h e segue transferindo pacientes para outros estados

As mortes se aproximam de mil vidas por semana; número é o dobro do registrado na primeira onda da doença

Brasil de Fato | Belém (PA) |

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Por duas semanas consecutivas, o Amazonas se aproximou de mil vidas perdidas em um período de sete dias - MICHAEL DANTAS / AFP

Os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) apontam que o estado do Amazonas segue em alta tanto em relação aos novos casos diagnosticados de covid-19, quanto aos de mortes pela doença.

Nas últimas 24 horas, foram 2.460 contaminados diagnosticados e 148 mortes. No total, o estado já contabiliza 271.177 casos confirmados e 8.414 óbitos.

Por duas semanas consecutivas, o Amazonas se aproximou de mil vidas perdidas em um período de sete dias. Entre 24 e 30 de janeiro foram 967 mortes; e entre 17 e 23 de janeiro, foram 928. Durante a primeira onda, o pico de mortes no Amazonas tinha sido de 461 mortes em um mês, em maio de 2020.

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Pacientes transferidos

O governo continua transferindo pacientes para outros estados. Nesta terça-feira (2), pessoas contaminadas pelo novo coronavírus foram transferidas para outras cidades e estados, desta vez para Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Auxílio Emergencial do Amazonas

Nesta terça-feira (2), entrou no ar o site do auxílio estadual. O benefício foi criado para atender um público em situação de extrema pobreza. No total, 100 mil pessoas receberão R$ 600 em três parcelas de R$ 200. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população estimada do Amazonas em 2020 era de mais de 2 milhões de pessoas, ou seja, o benefício atenderá cerca de 4,5% dos amazonenses.

Para saber se a pessoa foi beneficiada, é só acessar o portal e inserir CPF e data de nascimento do beneficiado. 

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Hipóteses sobre novo surto

Um artigo publicado na revista científica The Lancet em 27 de janeiro aponta para quatro hipóteses que poderiam explicar o novo surto da doença na capital do Amazonas. As teses apontam que a pandemia possivelmente foi subestimada na primeira onda. Outra afirma uma possível queda na imunidade das pessoas. A terceira sugere que as linhagens SARS-CoV-2 podem escapar da imunidade gerada em resposta à infecção anterior. E a última destaca o potencial de transmissão da nova linhagem da covid-19.

Ainda segundo a pesquisa, determinar a eficácia das vacinas é fundamental para frear as variantes já existentes e outras linhagens que poderão surgir. "Uma vez que o compartilhamento rápido de dados é a base para o desenvolvimento e implementação de medidas de controle de doenças durante emergências de saúde pública, estamos compartilhando em tempo real", diz o estudo sobre a necessidade de atendimento imediato das unidades de saúde.

Edição: Camila Maciel