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OPINIÃO

Artigo | A covid, as vacinas e os servidores públicos

Falta de vontade e organização do governo federal condena brasileiros à escassez de vacinas

05.fev.2021 às 17h58
Belo Horizonte
Rubens Goyata Campante
frasco de vacina

Falta de vontade e organização do governo federal condena brasileiros à escassez de vacinas - Créditos da foto: reprodução/Site Butantan

No dia 17 de janeiro, finalmente uma boa notícia sobre a epidemia de covid-19: uma enfermeira de São Paulo recebeu a primeira dose no país da vacina Sinovac, fruto de parceria do governo daquele estado com a China. Breve sinal de esperança que não apaga, porém, a dura realidade: não haverá, por um bom tempo, oferta suficiente de vacinas para a população, e isso enquanto a epidemia piora, inclusive com o surgimento de nova cepa do vírus, mais letal e contagiosa, responsável pela tragédia recente em Manaus.

O (des)governo federal é o principal responsável pela falta de vacinas e pelo agravamento da epidemia. Já o profissionalismo e a dedicação de milhões de servidores públicos têm sido uma das poucas esperanças de contraponto ao desastre da gestão pública em relação à covid-19.

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De acordo com estudo do Lowy Institute de Sydney, Austrália, o Brasil tem a pior gestão da epidemia entre um grupo de quase 100 países pesquisados. Incompetência ou propósito? Talvez a primeira.

O general colocado no comando do Ministério da Saúde como “especialista em logística”, mostra-se perdido, as únicas competências que busca são a da obediência incondicional a seu chefe, presidente da República, e a da comunicação com o público do chefe, baseada na indústria da desinformação – sintomático disso é a contratação recente, pelo Ministério da Saúde, do publicitário, “hipnólogo” e “master coach” Markinhos Show como assessor de comunicação do general, pois é mais importante a versão marqueteira da realidade que a realidade em si.

Falta de vontade e organização do governo federal condena brasileiros à escassez de vacinas

Talvez, contudo, haja propósito também. Afinal, por que substituir ministros que ao menos entendiam de saúde e de saúde pública por um militar completamente alheio ao assunto? Um estudo do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitários (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e da Conectas Direitos Humanos aponta uma estratégia deliberada, institucional, de propagação da covid-19 por parte do governo brasileiro, após reunir e analisar detidamente as normas federais e as falas públicas do chefe do executivo.

Por incompetência ou propósito, ou combinação de ambos, o fato é que o (des)governo federal não preparou satisfatoriamente a vacinação dos brasileiros contra a covid-19.

Além de sempre criticar a vacina, o presidente da República não negociou com todos os fornecedores do produto, não apresentou um planejamento coordenado de ações nesse sentido, envolvendo os governos federal, estaduais e municipais, e não apoiou, como o Brasil sempre fez, a demanda dos países pobres pela liberação das patentes das vacinas, o que facilitaria sua produção e aquisição. Preferiu ficar ao lado dos norte-americanos, cujo presidente recém-derrotado ele bajulava – e ainda se diz “patriota”, por viver ostentando a bandeira brasileira.

Ser “patriota” (com aspas bem merecidas) assim é fácil. Difícil, pois requer determinação e coragem, é defender de verdade os interesses do país e de seu povo.

Um povo que quer a vacina!

69%, 7 em cada 10 brasileiros, desejam se vacinar, segundo Pesquisa da XP/Ipespe. Apenas 1 em cada 10, 11% do total, disse que não irá se vacinar. Mesmo entre os que votaram em 2018 no atual presidente, a maioria, 52%, pretende se vacinar, constata outra pesquisa, da Atlas Político/Intel. Contudo, embora 39% dos cidadãos, segundo a pesquisa da XP/Ipespe, achem que a vacina estará disponível até março deste ano de 2021, isso dificilmente acontecerá.

A falta de vontade e organização do governo federal deve condenar os brasileiros à escassez de vacinas. Daí surgirão os desvios, as longas esperas, as filas – e, como já ocorre, os espertalhões a furá-las. Surgirá o “mercado”, legalizado ou não, de vacinas, ofertando-as aos poucos que puderem e se dispuserem a pagar por elas.

A esperança se deposita nos servidores públicos, seu profissionalismo, compromisso e decência

Em suma, vigorará, plena, a mais eficiente “lei” da nossa história: a lei do mais forte, do mais agressivo e mal-educado, do mais “esperto” e desonesto. Enquanto isso, a pandemia contamina e mata cada vez mais, e 56% das pessoas, segundo a pesquisa XP/Ipespe, acham que o pior ainda está por vir.

Nessa situação dramática, a esperança não se deposita na cúpula da atual administração federal, mas em um grupo que tal cúpula vê como inimigos: os servidores públicos.

Enxovalhados há décadas por campanhas midiáticas de mentiras, caluniados pelo ministro da economia que os chamou de “parasitas”, alvos principais de uma proposta de reforma administrativa que visa privatizar o Estado, para gozo de poucos privilegiados e prejuízo da maioria, os servidores públicos – não só, mas principalmente os da saúde – é que têm dado ao povo, desde o início da epidemia, alguma dose de profissionalismo, compromisso e decência. Deles se pode esperar antídotos contra o descaso e o despreparo.

Rubens Goyatá Campante, doutor em sociologia e pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (CERBRAS) e da Escola Judicial do TRT-3

Editado por: Elis Almeida
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