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Ameaça

Artigo | Haiti está a beira da consolidação de um golpe de Estado

Movimentos e organizações sociais do país convocaram uma greve para este final de semana contra deriva autoritária

06.fev.2021 às 18h37
ARG Medios Buenos Aires (Argentina)
Lautaro Rivara

Manifestação realizada em Porto Príncipe, capital do Haiti, denuncia perseguição contra jornalistas por parte do governo de Jovenel Moïse, que atualmente concentra os poderes do país - Valerie Baeriswyl / AFP

Estamos à beira da consolidação de um novo golpe de Estado na América Latina e no Caribe. Neste caso, estamos falando do Haiti, cujo governo dirigido pelo presidente Jovenel Moïse, vem levando uma longa deriva autoritária, na qual começou a minar as diferentes instituições da democracia do país.

Vale recordar que o Parlamento foi fechado em janeiro deste ano, que o presidente Moïse está governando por decreto, elaborando cerca de 50 decretos executivos nos últimos meses.

Tampouco o governo conta com um primeiro-ministro constitucionalmente eleito e diversas instituições, como diferentes órgãos judiciais, foram reduzidos por decreto à capacidade mínima.

É particularmente delicada a situação dos protestos e dos direitos humanos. Um relatório recente do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) indica que 133 pessoas foram assassinadas no marco dos protestos no Haiti entre 2018 e 2019, muitas delas assassinadas diretamente pelas forças repressivas do Estado e outras assassinadas por gangues aliadas ao governo.

O estudo indica ainda uma perseguição constante aos meios de comunicação da oposição e o assassinato de líderes políticos e sociais, como o caso do ex-presidente da Ordem de Advogados de Porto Príncipe, figura muito conhecida e respeitada no país, cuja morte teve grande repercussão.

Entenda: Cresce pressão popular pela renúncia de presidente haitiano

Também houve uma série de massacres, cometidos de forma sistemática em diferentes comunidades rurais organizadas e também em bairros populares da capital haitiana.

Um dos mais emblemáticos foi o massacre de La Saline [um bairro pobre haitiano], no qual 71 pessoas foram assassinadas. Sobre este massacre, no marco da Lei Magnitsky, os próprios Estados Unidos emitiram sanções contra dois funcionários do governo de Moïse e contra um miliciano identificado no massacre, com fortes vínculos com o governo nacional.

O mais curioso é que o reconhecimento e a crítica à situação dos direitos humanos pelos organismos estadunidenses ou pela própria ONU não parece ser vista como uma contradição, com o evidente apoio político que os EUA, a ONU e a OEA deram à continuidade do governo de Moïse.

Esses organismos internacionais, de alguma forma, seguiram respaldando a aspiração do presidente haitiano de se manter no governo até o próximo ano, bem como sua proposta de Reforma Constitucional.

Em relação a esta proposta de reforma, anunciada pelo governo, é importante destacar duas coisas. Em primeiro lugar, a Constituição vigente no Haiti, de 1987, é uma Constituição que expressa boa parte dos anseios democráticos do movimento social haitiano, que conseguiu pôr fim à longa ditadura de François e Jean Claude Duvalier.

Esta Constituição que, em certa medida, coloca uma série de obstáculos à eventual penetração de novos ditadores no país e que, obviamente, o atual governo tenta abolir para permitir o aprofundamento da concentração de todos os poderes do Estado e das forças militares na figura do Executivo.

Esta nova Constituição, segundo o governo, deveria ser revisada pela população e, posteriormente, aprovada em um referendo público realizado em abril.

No entanto, a elaboração dessa suposta e obscura Carta Magna está a cargo de figuras que não foram eleitas, mas por uma série de pessoas escolhidas diretamente pelo presidente.

Por isso, temos afirmado que esta nova Constituição tem um sentido de retrocesso e permitirá a consolidação da via autoritária em curso no país.

Leia também: Racismo da imprensa invisibiliza protestos no Haiti, afirma sociólogo e jornalista

O governo argumenta que só uma Reforma Constitucional poderá consertar a instabilidade social e política do Haiti. No entanto, oculta o fato de que essa instabilidade tem a ver com o acúmulo de 3 décadas de políticas neoliberais, o que levou o país a um patamar de desigualdade e pobreza sem precedentes.

Para oferecer alguns dados a respeito disso, a moeda nacional, o gourde, sofreu uma desvalorização de 147% na última década; também houve uma diminuição permanente dos salários e uma crescente inflação, que chegou a 25% no último ano, causando uma situação social polvorosa.

Deste modo, é difícil pensar que a instabilidade social pode ser corrigida apenas com uma reforma institucional. 

Evidentemente, o que está acontecendo e o que acontecerá no futuro do Haiti tem a ver com a geopolítica caribenha.

O governo haitiano de PHTK recebeu um apoio explícito das últimas gestões dos EUA, de forma particular, desde que o governo de Moïse decidiu dar uma nova guinada à sua política exterior, sobretudo após começar a hostilizar a Venezuela, ao retirar-se da Petrocaribe, se tornando um país fundamental no lobby dos interesses estadunidenses em organismos inter-regionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comunidade do Caribe.

O conjunto das forças mobilizadas no país, partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais do campo e da cidade, convocaram uma greve geral para os próximos dias 06 e 07 de fevereiro, algo que será decisivo.

Além disso, diversos setores da chamada oposição política parlamentar e movimentos sociais elaboraram uma proposta de transição política para o país, composta por 37 pontos que apresentam uma série de reformas políticas e sociais urgentes e a construção de um governo de transição e coalizão nacional, por um período de pelo menos 2 anos, para levar adiante uma reforma política e eleitoral e convocar uma nova e transparente eleição para definir o futuro do país.

Editado por: Leandro Melito
Traduzido por: Luiza Mançano e Vivian Fernandes
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