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sem chuvas

Abastecimento escasso expõe idosos à pandemia para ter água em Pernambuco

De Olinda a Jaboatão, nas periferias do Recife e outros municípios, o problema é o mesmo: água pouca, amarelada e fraca

09.fev.2021 às 19h38
Recife (PE)
Vinicius Sobreira

Abastecimendo irregular, com água amarelada e sem força, tem obrigado as pessoas a contratarem carros-pipa - Prefeitura de Macapá

No fim de janeiro, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou um novo calendário de abastecimento de água para municípios da Região Metropolitana do Recife e para bairros da capital pernambucana. O abastecimento foi praticamente reduzido pela metade em grande parte das localidades. O intervalo sem água dobrou. A Compesa afirma que a mudança foi necessária porque as chuvas previstas para o fim de 2020 e início de 2021 foram “bem abaixo do esperado”.

E a escassez vai continuar. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a previsão é que a região metropolitana receba uma quantidade de chuvas abaixo da média histórica até abril. A Compesa afirma que a adequação é necessária para não secar os reservatórios até a chegada das chuvas esperadas para o fim do outono (maio e junho) e pede “uso racional da água” pela população. O calendário de abastecimento para o seu bairro está disponível no site da Compesa.

Segundo a presidente da Compesa, Manuela Marinho, a companhia está investindo em ações para ampliar a oferta de água à população e aumentar a segurança hídrica do sistema. Ela destaca que 30 novos poços devem se somar ao sistema ainda no primeiro semestre, alguns sendo reativados e outros novos a serem perfurados.

:: Pernambuco em situação de emergência: “Se não chover, no final do mês não tem água” ::

Bairro Jardim Brasil

O bairro de Jardim Brasil, em Olinda, é um dos tantos que estão sofrendo com a falta de água. Segundo a Compesa, o calendário “normal” para a localidade é de intervalos de quatro dias sem água a cada um dia com abastecimento. Na nova programação o tempo sem água praticamente dobrou.

A aposentada Hosana Freitas, de 66 anos, reclama que a água chega por pouco tempo e sem força suficiente para abastecer os reservatórios. “Está horrível. Dizem que a água chega a cada sete dias, mas quando chega o dia de ter água, ela chega por meia hora ou uma hora, fraquíssima, de modo que não sobe para as caixas d’água e a gente não consegue aproveitar a água”, se queixa. Freitas lembra que no calendário anterior os problemas eram os mesmos.

A situação acaba tornando o acesso a água desigual na própria comunidade. “Quem tem bomba consegue encher tudo, mas quem não tem, fica sem água”, completa. “Mas na parte baixa de Jardim Brasil, lá nos apartamentos, chega água. Mas aqui na parte de cima é difícil chegar água”, diz ela. “E às vezes a água vem tão suja que eu tenho nojo de usar para cozinhar”, diz a idosa, que acaba tendo que comprar garrafões de água mineral para preparar sua comida.

Leia também: Artigo | Torneira seca e tarifa cara são os custos da privatização da água no Paraná

Hosana conta que a falta de água “atrapalha tudo” e leva ela a correr riscos em meio à pandemia. “Fico sem poder lavar roupa, tenho que pegar dois ônibus para ir na Imbiribeira lavar roupa na casa da minha filha. Até um banho mais bem tomado eu tenho que ir para a casa da minha filha. Além do desgaste desse deslocamento, tem o risco de contaminação da covid-19. E eu sou grupo de risco”, pontua.

Ela considera “irritante” o fato de pagar por um serviço que passa longe do satisfatório. “As contas chegam, pago R$ 44 porque a gente tem que pagar, mas também tenho que comprar carro-pipa pagando R$40 por mil litros. Isso não é justo. Ou pago um ou outro. O Ministério Público deveria tomar uma providência”, protesta Hosana. “Isso tudo por uma coisa que a gente tem o direito. Se fosse de graça eles tinham obrigação de mandar água, porque de qualquer modo a gente paga impostos. E além dos impostos a gente ainda paga a conta. É obrigação deles nos manter com água”, destaca.

No Paraná: Má gestão de recursos aprofundou a crise hídrica no estado

"Jaboatão Velho"

A localidade de “Jaboatão Velho”, em Jaboatão dos Guararapes, também sofrem desde sempre na relação com a Compesa. E a mudança de calendário tornou o problema ainda mais grave. Por lá o abastecimento já era escasso, já que eram intervalos de 15 dias sem água. Este período de “seca” agora subiu para 20 dias.

Em São Paulo: Falta de água: pouca chuva e outono mais seco da história acendem alerta no estado

Bairro Vista Alegre

Mas, nem após 20 dias de espera, a população recebe o prometido. Miriam Oliveira, de 60 anos, conta que a espera tem superado os 20 dias. “E quando ela chega é muito amarelada, com pouca força. Passa dois ou três dias com água, mas não adianta muito, porque os nossos reservatórios nunca são suficientes para aguentar mais de 20 dias sem água. Era melhor que fosse só um dia com água, mas que tivesse intervalos menores, a cada cinco ou oito dias”, sugere ela.

Oliveira conta que vive no bairro de Vista Alegre há 40 anos e “sempre foi assim, sempre nos deu dor de cabeça”, reclama. “Anunciam de uma forma e fazem de outra. Aí não temos confiança de que terá água naquele dia, ficamos sem saber qual é o dia certo e temos que ligar para a Compesa. Isso atrapalha todos os nossos compromissos. Quem trabalha fora precisa já deixar tudo pronto se a água chegar, mas é difícil se você não tem certeza da água”, desabafa.

Editado por: Camila Maciel e Vanessa Gonzaga
Tags: águachuvasjaboatãonordesteolindapernambucorecife
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