O Atlético se transformou de uma metáfora, uma esfinge, em uma matástase. De um candidato a reescrever sua história, viu desabar um sonho.
Acalantado da torcida, eternizada em canto e poesia por artista e outras fontes. E caitituada, promovida como irreversível por parte da imprensa. Vender o improvável como admissível para o atleticano não tem sido difícil.
Só apenas em 2013 e 2014 se consolidou a esperança. O amor é incontestável. Mas a manipulação sempre existiu.
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Jorge Sampaoli é o retrato do intratável, questionador atleticano. Com ele só há derrota quando não se realiza em campo o que manda, quando a arbitragem erra ou o time joga mal. Faz sempre planos infalíveis, que se coadunam com os pensamentos dos atleticanos mais fanáticos. Agora, caiu em desgraça, quando pode cuidar de sua própria vida.
Já aconteceu com outros. Inclusive com Cuca e Levir Culpi. O Atlético, a meu ver, já superou este trauma do bi há muito tempo. Se tornou o primeiro e está, há anos, como um dos candidatos ao Brasileiro. Vai acontecer, acredito, sem esta cobrança, sem afã, sofreguidão ou ansiedade. Como vimos nos inúmeros títulos, na Copa do Brasil e da Libertadores.
Como dizia William Shakespeare: paciência é a mais nobre e gentil das virtudes.
Quanto à permanência de Sampaoli e do elenco atual, não me iludo. Com algumas exceções, não farão falta no futuro próximo. Estamos num processo de consolidação política de um grupo dentro do clube. Os projetos se seguirão, com ou sem o treinador argentino.
Assim como foi com Afonso Paulino, Ricardo Guimarães e, agora, sob a égide de Rubens Menin, o “mecenas” de ocasião. A conta vai aparecer um dia. Sabemos, embora busquemos, sempre, compensações pelos fracassos momentâneos.
Espero que, apesar da cobrança, possamos os satisfazer com mais conquistas que honrem a glória do Galo, cujo nome e a paixão dos atleticanos vêm sendo explorados por décadas.
