Às sete horas da manhã do dia 18, petroleiros se reuniram na frente da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, na Bahia, em greve contra o encaminhamento de venda da empresa para o grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, por valor questionado, por estar abaixo do estipulado em sua avaliação.
A privatização da Rlam ainda precisa ser aprovada no no Conselho de Administração.
Do outro lado do país, em Araucária e São Mateus do Sul (PR), fizeram atos em solidariedade aos trabalhadores desta que é uma das sete refinarias que o governo Bolsonaro pretende privatizar.
Aconteceram também atividades com a presença do apoio de movimentos populares em MG, RJ, CE e RS.
No Paraná, há indicativo de assembleia na semana que vem. A greve está entre os pontos de discussão.
Os atos são contra a privatização das refinarias durante o governo de Bolsonaro, o que aumenta a dependência do refino do exterior, além de enxugar empregos:
“A privatização pode acarretar, entre outras coisas, menos investimento na região e desemprego. E, na outra ponta, os preços: então, cada refinaria dessa representa um mercado regional, não vai ter competição, as refinarias têm seus mercados próprios e não competem entre si, e a tendência (com a privatização, nas mãos do capital privado) é que essas empresas, além de cobrar o valor de mercado, ainda devem retirar os seus investimentos. A tendência é que a sociedade pague mais pelos combustíveis e pelo gás de cozinha”, afirma Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC).