Crise

Após colocar general na Petrobras, Bolsonaro critica democracia e anuncia mais trocas

Durante esse final de semana, o presidente Jair Bolsonaro é alvo de protestos em ano menos 15 estados

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A troca no comando da Petrobras veio após críticas de Bolsonaro ao aumento sucessivo nos preços dos combustíveis - Marcos Corrêa/PR

Um dia após demitir o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco na sexta-feira (19) e indicar para o seu lugar o nome do general Joaquim Silva e Luna, o presidente Jair Bolsonaro anunciou neste sábado que fará mais trocas no governo na próxima semana e afirmou que, se dependesse dele, o Brasil não viveria um regime democrático.

“Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria esse o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo, eu represento a democracia no Brasil”, afirmou durante evento na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EspCEX) em Campinas (SP).

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"Se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, semana que vem teremos mais. O que não falta para mim é coragem para decidir, pensando no bem maior para nossa nação", afirmou o presidente.

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Durante esse final de semana, o presidente Jair Bolsonaro é alvo de protestos em ano menos 15 estados. As manifestações que pedem "Fora, Bolsonaro" começaram neste sábado, enquanto Bolsonaro participava do evento em Campinas.

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A troca no comando da Petrobras veio após críticas de Bolsonaro ao aumento sucessivo nos preços dos combustíveis.  Foi o quarto aumento do ano para a gasolina, que acumula alta de 34,7%, e o terceiro aumento para o diesel, que já ficou 27,7% mais caro em 2021. Quem paga é o consumidor: no caso da gasolina, o litro foi a R$ 2,48, um acréscimo de 23 centavos, a partir desta sexta-feira (19).

 

Edição: Leandro Melito