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Arte e Cultura

Festival Internacional de Teatro de Rua tem campanha de financiamento coletivo

9° edição do evento encontra dificuldades financeiras em meio à pandemia; festival de Porto Alegre é o maior do Brasil

02.mar.2021 às 15h33
Porto Alegre
Pedro Neves

Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre tem campanha de financiamento coletivo para viabilizar a sétima edição do evento - Divulgação Facebook / Fernando Pires Fotografia

O Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre é realizado há mais de 10 anos na cidade, promovendo o contato da população com o teatro e diversas manifestações artísticas, na rua, em diversos bairros da capital gaúcha.

Por ser um festival realizado na rua, em contato direto com a população, era esperado que, em um momento de pandemia, a construção da 9° edição do evento encontrasse dificuldades. Portanto, nesse momento, os organizadores do festival estão promovendo uma campanha de financiamento coletivo para poder bancar a estrutura e o pessoal da organização.

Quem quiser, e puder, contribuir, é só acessar o link da campanha e conferir como ajudar.

A ideia é realizar o festival quando as regras de distanciamento social permitirem, respeitando as normas determinadas pelo setor. A organização do festival também vai investir na divulgação online dos participantes, disponibilizando gratuitamente os trabalhos nas plataformas da internet e redes sociais.

É importante lembrar que o festival não se concentra somente nas apresentações de rua, compondo uma programação integrada por quatro eixos de atuação. Além das apresentações, com grupos do RS, do Brasil e de outros países, realizados em todas as regiões da cidade, estão incluídas ações do eixo formativo (oficinas, cursos e qualificações).

Há também o “Eixo Reflexivo”, com seminários, palestras e conferências, e o eixo das “Ações Especiais”, dedicadas a reconhecer e homenagear personalidades que contribuem para o desenvolvimento econômico, social e artístico da cidade de Porto Alegre.

O Brasil de Fato RS conversou com o Alexandre Vargas, que é promotor do evento. A entrevista traz um pouco do histórico do Festival, das atuais dificuldades e propostas do evento. Confira, logo abaixo do vídeo de apresentação do festival.

Confira a entrevista

BdFRS – Primeiro, gostaria que tu pudesse dar uma contextualizada no Festival, um pouco do seu histórico e saber qual a situação do Festival esse ano, se vai acontecer devido à pandemia.

Alexandre Vargas – O Festival surge no ano de 2009 e inicialmente é um festival nacional. A primeira edição aconteceu só com grupos convidados e, mais tarde, se torna um festival internacional. Com o tempo, se tornou o maior festival de teatro de rua do país.

Vale dizer que a produção de rua tem muito a ver com o processo democrático do país. No final do anos 80 e 90 nós tivemos uma produção grande de teatro de rua aqui no RS e no Brasil todo. Era muito estimulada também por questões ligadas à ditadura, então muitos espetáculos colocavam essa questão no centro do debate

Com o fim da ditadura militar, o teatro de rua passou a refletir o período democrático. O teatro de rua e produções cênicas passam a ocupar os espaços públicos, tanto que hoje em dia é até meio difícil falar só em “teatro de rua”. São muitas linguagens possíveis, como dança e performance, por exemplo.

Nesse contexto que vai nascer o Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre. Depois da primeira edição, em 2009, a gente começa a trabalhar para ele virar uma referência. Ganha uma importância, ajuda a criar vários corredores culturais no Brasil e até outros festivais, que sempre colocavam teatro de rua no segundo lugar, quase como se fosse uma “ação social”, passam a dar mais valor.

A situação do Festival esse ano é a sua retomada. Estamos viabilizando a sua estrutura através de uma campanha de apoio, com o foco de ter um engajamento da sociedade na participação do festival. Acabamos de ser contemplados com um edital também, dentro de um modelo híbrido, já que tudo indica que não poderemos estar na rua. Há também a possibilidade de fazermos um filme, que estamos tentando finalizar, com o material acumulado das outras edições.

Então, temos essa situação de reestruturação das fontes de financiamento do festival. No Brasil todo, tivemos um desmanche de todo o sistema de financiamento da cultura, o que se agravou, não só com a questão da pandemia, mas também com o atual governo federal, que tem um posicionamento ideológico contrário à cultura e à ciência, o que gera muitas dificuldades quando se tenta estruturar algum projeto cultural. Por isso que o financiamento virá das parcerias que foram construídas.

BdFRS – Qual a situação atual dos grupos de teatro de rua da cidade e no geral? Como estão fazendo pra sobreviver?

Alexandre – A situação atual dos grupos de rua é bem difícil. Desde 2014, a situação se complicou muito, com a desestruturação de um sistema de cultura brasileira.

Começa lentamente e se agrava com a extinção, pelo governo Temer, do Ministério da Cultura. Com essa extinção, vimos o fim de regulamentações que possibilitavam a estruturação de um setor todo, que é um setor como qualquer outro.

Essa desregulamentação encontra o seu ápice agora durante o governo Bolsonaro. Então a situação dos grupos de rua fica muito ruim no Brasil, nós temos menos produções, nós temos as ruas da cidade mais hostis. Percebemos que, de 2017 pra cá, as ruas ficaram muito violentas, o que significa que é mais difícil se apresentar quando há um ambiente de violência na sociedade.

Alguns grupos e indivíduos possuem atuação acadêmica, por exemplo, que possibilita a eles ministrar aulas. Outros grupos estão se virando como podem, tentando auxiliar uns aos outros, sempre que possível encaixa um grupo no trabalho de outro, tentando se manter estruturado.

BdFRS – O que representa um festival desse tipo, nesse momento?

Alexandre – O Festival representa um terreno de visibilidade e para dar valor aos trabalhos que são realizados. Também para abrir portas, para que esse trabalho circule para outros lugares. É um momento onde vários curadores do país, programadores e coordenadores desse corredor de cultura podem observar as produções.

Além disso, é a possibilidade de ofertar para a população uma diversidade de olhares sobre o objeto estético que é produzido no país e fora dele, objetos esses que às vezes é visto apenas por um curador profissional especializado. Então o Festival oferta para o público a possibilidade de ver as mudanças que estão acontecendo nas linguagens artísticas e no mundo como um todo.

Lá em 2010, por exemplo, tínhamos algumas produções que estavam circulando dentro do Festival que já colocavam a crise da imigração, que iria acontecer anos depois.

BdFRS – Quais as expectativas para o teatro de rua no pós pandemia? É possível falar sobre esse assunto no atual momento?

Alexandre – Não tenha dúvida que a situação das produções de rua após pandemia serão muito potentes. Primeiro porque ela é muito desejada, pois toda produção de arte de rua é fruto do contexto que estamos vivendo, no caso um contexto de repressão de uso do espaço público e de contingência das nossas liberdades.

Se nós não tivéssemos nessa situação de pandemia, nós teríamos uma série de produções de rua que teriam um diálogo íntimo com a sociedade, provocando uma série de reflexões sobre o momento.


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Editado por: Marcelo Ferreira
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