Golpe virtual?!

Como saber se seu CPF foi usado por terceiros para abrir conta ou fazer empréstimo?

Sistema do Banco Central permite acessar o histórico da relação de um nome com instituições financeiras

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Como as possibilidades de não são pequenas, não é uma tarefa descobrir se e em quais golpes os dados de uma vítima foram utilizados - Gibran Mendes

megavazamento de dados pessoais na internet, durante o mês de janeiro deste ano, estimulou a população a verificar possíveis golpes virtuais que tenham sofrido nos últimos dias.

A divulgação massiva de 223 milhões de números de CPF nas redes reforçou a conferência de possíveis utilizações indevidas de abertura de contas em bancos e até mesmo empréstimos e contratos com operadoras de telefonia. 

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Como as possibilidades são consideráveis, é aconselhável verificar se seus dados foram utilizados para golpes virtuais. No caso de contratos com operadoras de telefonia, por exemplo, é necessário ligar ou entrar diretamente no site da empresa e verificar a situação com o CPF.

Registrato 

Outros casos podem ser mais complexos, principalmente, quando envolvem banco. Neste caso, a vítima pode acessar o Registrato, um sistema do Banco Central que fornece o histórico e informações da relação de uma pessoa com instituições financeiras.

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O Registrato permite descobrir, por exemplo, a abertura de contas bancárias (ativas ou inativas), dívidas (liquidadas ou em aberto) e envios de dinheiro para o exterior. 

Como utilizar?

Para acessar o sistema, basta realizar um cadastro no site do Banco Central, fornecendo CPF, data de nascimento e primeiro nome da mãe. Também deve informar, no mesmo site, um banco em que tenha conta para o sistema validar o cadastro e comparar as informações prestadas com os dados existentes na instituição financeira. 

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Em seguida, o cadastro irá gerar uma frase de segurança. Esta frase, por sua vez, deve ser informada no próprio site do banco informado, em outra guia, na opção “Registrato”. 

Validada a frase de segurança no site do banco, a vítima deve voltar ao site do Banco Central e concluir o cadastro, digitando novamente o CPF, a frase de segurança e selecionando a instituição financeira. Por fim, deve informar um e-mail e criar uma senha de oito dígitos.

Concluído o cadastro, o cidadão deve acessar a opção “Acessar Registrato”, onde poderá consultar o histórico de relacionamento de seu nome com instituições financeiras.

Edição: Daniel Lamir