A exposição “Ecoa em Nós”, da artista Williana Silva segue em cartaz para visitação presencial até o dia 14 de março, no espaço Quebrada Cultural, no bairro Triângulo, em Juazeiro do Norte, mas em breve a exposição será aberta para visitação virtual, com uma duração maior. A exposição traz reflexões sobre o lugar que a mulher cis ocupa na sociedade e que, como seus processos biológicos naturais são tratados, sempre atrelados a nojo, sujeira e desprezo. A artista trata de temas espinhosos através de imagens suaves. O vermelho é presença ilustre, seja na cor de linhas ou na presença do sangue em panos, frascos e nas imagens.
Williana informa que busca trazer reflexões a cerca da menstruação enquanto matéria e material para produção artística. De acordo com ela, as obras falam um pouco a respeito de memória, de cotidiano, de dor, de cura, sobre práticas ancestrais por meio de videoperformances, fotografias, bordados e instalações, inclusive, propondo uma vivência mais profunda com a ideia de cura e autocuidado na instalação interativa “Cura ou práticas que minha vó me ensinou”. “Todo esse processo de pesquisar sobre [menstruação] parte de um lugar de muito incômodo e de muita dor que é uma relação que eu tinha muito grande com minha menstruação e meu corpo, esse lugar da dor, esse lugar da raiva, do confronto”, conta Williana.
Ecoa em Nós faz sua abertura no mês que marca luta das mulheres em defesa de seus direitos e contra a violência que sofrem. Mês do dia internacional de luta das mulheres, o 8M, e do dia que marca o assassinato, ainda impune, da vereadora e ativista Marielle Franco, dia 14.
A iniciativa tem curadoria de Anália Lobo e produção da Quebrada Cultural. É um projeto fomentado pelo Edital Arte Livre: Edital de Criação Artística do governo do Estado do Ceará e pela Lei Aldir Blanc de emergência cultural.
Para mais informações, agendar uma visita presencial, seguindo todos os protocolos de segurança, e em breve ter acesso a exposição virtual pelo Instagram @ecoaemnos e @quebradaculturalt.
