Efeito dominó?

Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa, deixa o cargo no mesmo dia de Araújo

General anunciou saída da pasta sem explicar motivos; desligamento ainda não foi publicado em Diário Oficial

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Fernando Azevedo e Silva era ministro da Defesa desde o início do governo Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo e Silva, informou em nota na tarde desta segunda-feira (29) que deixará o cargo. A exoneração, ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), é anunciada no mesmo dia da saída de Ernesto Araújo, das Relações Exteriores.

Azevedo e Silva é ministro desde o início do governo Bolsonaro e tornou-se o segundo militar a chefiar a pasta desde que ela foi criada, em 1999.

Ao contrário de Araújo, sua saída não era especulada pela imprensa. O motivo não foi informado até o fechamento deste texto. O ministro informou em nota que:

"Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado."

"O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza da missão cumprida."

O general, que já foi assessor do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), também não deixou claro qual será o seu futuro após ser exonerado da Defesa. 

O mandato de Azevedo e Silva foi marcado pelo aumento da presença militar no governo federal e por uma série de regalias obtidas pelo alto oficialato, em paralelo aos cortes de direitos e congelamento de salários dos servidores públicos civis.

O substituto ainda não foi anunciado.

Em breve, mais informações.

Edição: Poliana Dallabrida