Cláudia de Freitas, que se fez passar por enfermeira e aplicou supostas doses de vacina contra a covid-19 em Belo Horizonte (MG), saiu da prisão no sábado (3), por determinação da desembargadora Ângela Catão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A mulher havia sido presa na última terça (30), durante a Operação Camarote, da Polícia Federal (PF), por suspeita de aplicar supostas vacinas na garagem de uma empresa de ônibus localizada na capital mineira.
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A PF investiga a participação de empresários do setor de transporte no esquema. Mais de 50 pessoas teriam sido “imunizadas” pela falsa enfermeira. Ela teria sido contratada pelos irmãos Robson Lessa e Rômulo Lessa, donos da empresa Saritur, para atender mais de 80 “pacientes”.
Uma das suspeitas da polícia é de que o conteúdo aplicado no braço das pessoas seria fajuto e continha soro fisiológico. Segundo as investigações, Cláudia de Freitas é cuidadora de idosos. A mulher deixou a Penitenciária de Belo Horizonte I (Estevão Pinto) depois de passar quatro noites no local.
O esquema de vacinação irregular veio à tona no último dia 24, após uma denúncia publicada pela revista Piauí. De acordo com o veículo, a falsa enfermeira cobrava R$ 600 para aplicar duas doses do que dizia ser um imunizante contra a covid-19.
Nesta segunda (5), o filho de Cláudia de Freitas deve prestar depoimento à PF. A polícia suspeita que fosse dele a responsabilidade pelo recebimento do dinheiro pago pelas pessoas que compraram a suposta vacina.
Edição: Vinícius Segalla