Logo após a comemoração de aniversário do clube, a diretoria rubro-negra anunciou a polêmica contratação de Marcinho.
Apenas três meses atrás, o jogador atropelou e matou um casal de professores no Rio, sem prestar qualquer socorro às vítimas. A direção sabia que causaria reações fortes na internet.
A estratégia do “falem bem ou mal, mas falem de mim” não é novidade no universo bolsonarista, e não por acaso Petraglia foi um de seus apoiadores declarados na época das eleições.
Não quero aqui defender nenhuma forma de punitivismo. Mas considero que cabe uma reflexão: em um país onde tantos vão para a cadeia por delitos não violentos e outros tantos estão presos sem julgamento (racismo estrutural explica), qual é o recado ético e social que este tipo de contratação evidencia?