Combate à covid-19

Após prefeito reforçar lockdown, Araraquara tem 2 dias seguidos sem mortes por covid

Prefeito chegou a ser ameaçado de morte pelas medidas, mas agora vê apoio crescendo por parte dos munícipes

São Paulo |
No dia 31 de março, novo decreto, ainda mais severo, incluiu os postos de gasolina na lista de atividades que não poderiam funcionar durante o feriado da Páscoa - Divulgação/Prefeitura de Araraquara

O município paulista de Araraquara, a 273 km da capital, registrou nesta terça-feira (6) dois dias seguidos sem mortes em decorrência da infecção pelo novo coronavírus.

A marca não acontecia há dois meses, e vem após o prefeito da cidade, Edinho Silva (PT), decretar um lockdown de dez dias, além de uma série de outras medidas de restrição de mobilidade e combate à pandemia. Por causa dessas ações, o político foi alvo de ofensas, críticas e até ameaças de morte, mas não se intimidou.

Em entrevista concedida ao Brasil de Fato no último dia 2, ele disse: "“Eu tô muito tranquilo, não mudei nada na minha rotina e nem meu comportamento, eu continuo trabalhando e enfrentando a pandemia. Seguiremos trabalhando da forma correta, para combater a pandemia”.

::Prefeito ameaçado de morte após zerar óbitos por covid-19 com lockdown reforça medida::

Histórico recente e medidas de combate

Araraquara foi o primeiro município de São Paulo a determinar lockdown contra a pandemia, em 21 de fevereiro. Foram dez dias com todo o comércio fechado e o transporte público restrito.

No dia 31 de março, o prefeito publicou outro decreto, ainda mais severo, que incluiu os postos de gasolina na lista de atividades que não poderiam funcionar durante o feriado da Páscoa. 

Apesar das ameaças, Edinho afirma, aliviado, que a resistência dos araraquarense diminui após os resultados positivos das medidas adotadas pela Prefeitura.

“Majoritariamente, a cidade nos apoiou e tem nos apoiado. Temos conversado com os munícipes, temos feito boletins diários e a cidade sabe que avançamos. Nós avançamos muito e não podemos descuidar agora. O feriado da Páscoa só perde em consumo para o Natal e Ano Novo. As pessoas se juntam, é um período que temos que tomar cuidado”, disse o prefeito.

Edição: Vinícius Segalla