6 de junho

Ex-presidente Evo Morales apoia Pedro Castillo para 2º turno presidencial no Peru

Ex-chefe de Estado Boliviano deseja sorte ao candidato de esquerda e compara programas políticos dos dois partidos

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela) |
Pedro Castillo tem um programa similar ao nosso: revolução democrática, cultural e pacífica, promovendo uma assembleia constituinte, em benefício do povo, afirmou o ex-mandatário boliviano - Telesur

O ex-presidente da Bolívia, Evo Moralesa Ayma, declarou seu apoio ao candidato à presidência do Peru, Pedro Castillo. Líder da greve dos professores peruanos, em 2017, Castillo propõe reformar a constituição do Peru como eixo central da sua campanha. 

Morales afirma que o programa político do candidato de Peru Livre é similar às propostas do Movimento ao Socialismo – partido governante na Bolívia. 

"Saudamos e expressamos nosso respeito e admiração a Pedro Castillo, que tem um programa similar ao nosso: revolução democrática, cultural e pacífica, promovendo uma assembleia constituinte, em benefício do povo, para que exista justiça social. Êxitos a Pedro Castillo, que propõe uma mudança para o Peru", publicou o dirigente político boliviano nesta quinta-feira (20).

Evo defende que os movimentos indígenas latino-americanos são capazes de implementar mudanças históricas na sociedade, relembrando o legado do seu governo, que transformou a Bolívia em um Estado Plurinacional. 

Castillo está 11 pontos percentuais à frente de sua opositora, Keiko Fujimori, do partido de extrema-direita Força Popular, para ocupar a presidência do Peru. 

O segundo turno será realizado no dia 6 de junho. As outras 16 chapas que disputaram o processo eleitoral ainda não anunciaram suas alianças. 

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A plataforma de esquerda, Juntos pelo Peru, que teve Verónuika Mendoza como candidata no primeiro turno, afirma estar aberta ao diálogo, mas que duas pautas estão fora de negociação para garantir a unidade: imposto às grandes fortunas e uma nova política sobre as questões de gênero. 

Já Yohnny Lescano, do partido Ação Popular, quarto colocado no primeiro turno, com 9% da votação, declarou que não irá apoiar Fujimori, mas também não anunciou voto em Castillo. 

Foram estabelecidas comissões de diálogo dentro do partido Peru Livre, embora o presidenciável tenha reiterado que não irá alterar seu plano de governo.

Por outro lado, a filha do ex-ditador Alberto Fujimori acumula 55% de rejeição popular, mas é a única alternativa para a direita peruana se manter no poder. Meios locais já noticiam colunas denunciando que "um comunista na presidência seria a perdição", buscando aumentar a rejeição a Castillo.

Edição: Poliana Dallabrida