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EMPRESA PÚBLICA

Artigo | Correios, quem pagará a privatização?

Não existe uma alegação verdadeira sequer que justifique a privatização dos Correios

22.abr.2021 às 20h31
Curitiba (PR)
Alexsander Menezes e Cinthia Alves

Com PL do governo Bolsonaro, Correios deixam de ter 100% de controle público e passam a ser empresa de economia mista - Marcelo Casall Jr / Agência Brasil

O governo Bolsonaro, encurralado por sucessivos escândalos nas mais diversas áreas, busca desesperadamente pagar a fatura dos financiadores de sua campanha política. Na área econômica, Paulo Guedes prometeu assim que assumiu: “O Brasil está à venda”! Na falta de um programa econômico que tem resultado no fechamento de grandes indústrias, multinacionais e recorde de desemprego, ele apela para a velha e surrada agenda de privatizações, enquanto o número de mortos pelo seu negacionismo criminoso cresce aos milhares diariamente.

Nesta semana, em plena crise sanitária, enquanto parentes de vítimas presenciavam seus entes sendo entubados, amarrados nas macas por falta de anestésicos que minimizassem o sofrimento de quem é submetido a esse procedimento doloroso e invasivo, Bolsonaro incluiu os Correios entre as empresas estratégicas que serão entregues aos grupos privados – que ainda o apoiam – através do Decreto nº 10.674, publicado dia 13 de abril no Diário Oficial da União Decreto. Ele tenta “passar a boiada” em meio ao caos do país assolado pela miséria extrema e pelo recorde mundial de mortes.

Não existe uma alegação verdadeira sequer que justifique a privatização dos Correios. Os Correios nunca dependeram de dinheiro do Governo, pelo contrário, repassam anualmente 25% do lucro líquido que deveriam ser usados para programas sociais. Quando publicou prejuízo, foi por farsa contábil, porque o Governo retirou mais do que devia e colocou na conta do “prejuízo” multas por distratos comerciais, descumprimento de leis trabalhistas, indenização aos programas de desligamento voluntário entre outros.

É a única empresa que atua como integradora do território nacional, levando cartas, encomendas, vacinas e remédios, livros didáticos em lugares que nenhuma empresa privada tem interesse em chegar, seja porque não gera lucro, seja porque o acesso é dificílimo, muitas vezes, feito somente de barco. Em um terço dos municípios brasileiros não há uma única agência bancária, são as agências dos Correios a ofertar esses serviços, incluindo o pagamento de benefícios como Bolsa Família, FGTS e aposentadoria, também o auxílio emergencial.

Os Correios funcionam no sistema de subsídio cruzado, ou seja, o lucro obtido nos cerca de 365 municípios concentrados na região sudeste, são divididos para sustentar a operação logística nos outros 5.220 municípios, onde as entregas são feitas em trajetos de difícil acesso, seja pela distância, ora pelas péssimas condições, geralmente, a combinação de ambas. Ainda assim, os Correios conseguem garantir 97% das entregas no prazo. O lucro projetado dos Correios é de R$ 1,5 bilhão em 2021, despertando a cobiça dos exploradores privados.

Em um país assolado pela pandemia, em que cada vez mais pessoas criaram o hábito de comprar pela internet, os Correios se tornaram ainda mais essenciais. Suas tarifas, hoje, colocam na coleira a fome das empresas privadas por lucros cada vez maiores por meio de preços abusivos, a exemplo do que sentimos no bolso, nos: pedágios, energia elétrica, água, transporte dentre tantos outros setores entregues às grandes empresas.

Os Correios empregam cerca de 90 mil trabalhadores no Brasil (já chegou a ter 140 mil), sendo 85% deles na área operacional (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo). Desses, a maioria tem mais de 46 anos de idade. Numa eventual privatização, devem amargar a demissão e tentar se inserir no mercado de trabalho com mais de 50 anos de idade, na esperança de se aposentar até os 75 anos.

As empresas, interessadas em se apropriar do patrimônio público, são as favorecidas – de sempre – pelas generosas linhas de crédito do BNDES (banco público) com juros módicos, prazos a perder de vista e a exigência de poucas garantias, aliás, invariavelmente, as garantias são: pasmem! As empresas que estão sendo compradas!

Nada justifica a PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS. Ao invés de se portar como uma estatal que possui um papel social fundamental e insubstituível no país, quer se comportar como uma multinacional que visa somente o lucro dos acionistas.

*Cinthia Alves, jornalista
* Alexsander Menezes, Secretário de Formação e Estudos do SINTCOM-PR.

Editado por: Pedro Carrano
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