No dia 13 de abril foi aprovado na Câmara dos Vereadores de Guarapuava, o requerimento 35/2021 que prevê a realização de atos publicitários para divulgar “o direito de se optar pelo tratamento precoce ao combate da infecção pelo Covid-19”.
O Artigo 5º, parágrafo 1º do decreto diz que os medicamentos serão cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e sintomáticos.
No entanto, a OMS desaconselha o uso desses medicamentos no tratamento contra a COVID-19, visto que não há estudos científicos que comprovem sua eficácia, muito pelo contrário, o que se confirmou até agora foram seus efeitos adversos.
Um dos argumentos defendidos pelos vereadores que votaram favoráveis é de que se trata apenas da publicização de um direito de escolha. Defender essa posição é se aliar ao discurso do presidente Bolsonaro, alinhamento que também é tomado pelo governo do estado do Paraná, ainda que de maneira "velada”.
Não se defende um direito de escolha individual diante de uma crise na saúde coletiva. Enquanto batemos recordes diários de mortes causadas por uma doença que já possuiu vacina, 50% da população vive em situação de insegurança alimentar, com cerca de 14 milhões de pessoas desempregadas, e esses dados tem nome: projeto genocida.