CORONAVÍRUS

Juíza proíbe que governo federal faça campanha de "kit-covid" e "tratamento precoce"

Além disso, influenciadores que foram pagos para fazer publicidade anticientífica precisam se retratar em 48 horas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Bolsonaro é um entusiasta de medicamentos que não têm comprovação científica no tratamento da doença - Reprodução

A juíza Ana Lucia Petri Betto, da Justiça Federal em São Paulo, decidiu proibir que a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), do governo federal, faça campanhas de publicidade defendendo o "tratamento precoce" contra a covid-19 ou incentive o uso do kit-covid (medicamentos sem comprovação científica contra o coronavírus). As informações são do site UOL.

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Em sua decisão, a juíza diz: "Que a Secom se abstenha de patrocinar ações publicitárias, por qualquer meio que seja, que contenham referências, diretas ou indiretas, a medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, especialmente com expressões como 'tratamento precoce' ou 'kit-covid' ou congêneres".

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A juíza também obrigou a retratação pública de influenciadores que foram contratados pelo governo federal para defender o "atendimento precoce" em suas redes sociais em até 48 horas. A liminar foi expedida na última quinta-feira (29).

A decisão da juíza aconteceu após o recebimento de uma Ação Civil Pública da educadora Luna Brandão contra a campanha "Cuidados Precoces Covid-19".

 

Edição: Vinícius Segalla