Paraná

LGBTfobia

"Por um mundo onde todas as formas de ser e amar sejam garantidas plenamente"

Em nota, MST exige justiça e punição aos assassinos de Lindolfo Kosmaski, ativista LGBT Sem Terra

Curitiba (PR) |
"O Sangue LGBT também é sangue Sem Terra" - Foto: Reprodução

17 de maio marca o Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia. No dia 1º deste mês, mais um caso reafirma a importância da luta contra a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, pessoas transgênero. O camponês Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, foi brutalmente assassinado em São João do Triunfo (PR), com dois tiros, e teve seu corpo carbonizado.

Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exigiu "que os órgãos competentes possam acelerar as investigações e encontrar os culpados desse crime hediondo". O Movimento destacou, ainda, o "compromisso de lutar por uma sociedade sem LGBTfobia e na construção de um mundo onde a vida e todas as formas de ser e amar sejam garantidas plenamente".

Lindolfo tinha 25 anos, era estudante egresso da turma de Licenciatura em Educação do Campo da Escola Latina Americana de Agroecologia (ELAA), localizada no assentamento Contestado, na Lapa (PR). Participou de diversas atividades de formação do MST, como cursos e encontros do Coletivo LGBT Sem Terra e Jornadas de Agroecologia. Atuava como professor na rede estadual de ensino no Paraná e na última eleição municipal concorreu a vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de São João do Triunfo. Além disso, cursava mestrado no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A ELAA também manifestou solidariedade à família do jovem e exigiu investigação do caso e punição dos assassinos. "Lindolfo era um educador do campo, envolvido com a luta dos pequenos agricultores, de onde se originou, e carregava esta identidade com muito orgulho", diz nota da Escola.

Para o MST, os indícios apontam que Lindolfo foi vítima de crime de ódio, provocados pela homofobia. "Era um jovem humilde, solidário e cheio de sonhos. [...] O Sangue LGBT também é sangue Sem Terra. Exigimos Justiça e punição aos assassinos", destaca a nota do Movimento.

Edição: Lia Bianchini