Este ano

Banco Asiático de Desenvolvimento prevê recuperação econômica de 7,3% na região

Crescimento da economia foi estimado no conjunto de 45 países e territórios da região asiática

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Mercado de ações do Japão - Kazuhiro Nogi/AFP

Em meio ao complexo cenário global diante da pandemia da covid-19, a Ásia mostra condições para reforçar seu status como uma das principais regiões geopolíticas e econômicas do mundo.

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Isso é o que indica o Banco Asiático de Desenvolvimento, que divulgou um relatório no último mês em que aponta que o crescimento econômico em 45 países e territórios da região do Pacífico do continente chegará a 7,3% este ano.

“Tem sido uma recuperação equilibrada que abrange quase toda a região, apoiada, principalmente, pelo aumento do consumo, de um investimento cada vez maior e também pelo crescimento das exportações”, afirma Abdul Abiad, economista do Banco Asiático de Desenvolvimento. 

Ele acrescenta que as exportações se concentram, sobretudo, em produtos eletrônicos e mercadorias relacionadas com o enfrentamento da pandemia.

“Mas esperamos que à medida que a recuperação econômica global progrida, outros tipos de bens, como os têxteis, etc., se recuperem. Assim, a conclusão é que não se trata de uma recuperação setorial desequilibrada, mas que quase todos os componentes contribuíram”.

Ainda de acordo com o documento, o bom desempenho da Ásia não será impulsionado apenas por países com um nível mais alto de desenvolvimento e industrialização, como a China, o Japão, a Coreia do Sul ou Singapura, mas também por aquelas nações em desenvolvimento que conseguiram lidar relativamente bem com a pandemia.

Para Yasuyuki Sawada, economista-chefe da instituição financeira, “a digitalização tem sido uma chave importante para ajudar e projetar essa economia.”

A previsão de crescimento ocorre após uma ligeira contração da economia em 2020, devido aos efeitos da pandemia. 

Como alerta à estimativa, o banco regional aponta que o dado pode não se concretizar plenamente em função das novas erupções do contágio da doença em países como Tailândia, Índia e Filipinas.

"As economias da região estão em caminhos divergentes", disse Sawada. "Suas trajetórias são moldadas pela extensão dos surtos domésticos, pelo ritmo de lançamento de vacinas e pelo quanto estão se beneficiando com a recuperação global".

Já China, que foi o primeiro país a registrar o vírus e também a primeira grande economia a se recuperar da pandemia, deve crescer 8,1% este ano, diminuindo para 5,5% em 2022, segundo o relatório da organização financeira.

Edição: Vivian Fernandes