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Cinema

Curta-metragem ‘Mórula’ transforma a dor em arte e denúncia

Filme lançado no Youtube conta uma experiência de aborto que faz parte da história de muitas mulheres

05.maio.2021 às 01h39
Atualizado em 06.maio.2021 às 01h39
Porto Alegre
Katia Marko

O texto da atriz Cristal Obelar é um relato forte e sensível sobre sua experiência de aborto vivida em 2016 - Foto: Gabriela Cunha

“7 de setembro de 2016 saí do hospital após uma curetagem. 7 de setembro de 2020 finalizei o relato que há quatro anos tentava escrever sobre minha experiência de aborto”, narra a atriz Cristal Obelar.

Em março de 2021 estreou o curta-metragem ‘Mórula’ no canal do projeto no YouTube. No 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o vídeo foi publicado no Instagram das diretoras, Cristal e Gabriela Cunha. Nesta quinta-feira (6), o curta foi selecionado para o I Feminacine, uma mostra de cinema feminino (cis e trans) que busca dar visibilidade e fomentar o intercâmbio entre realizadoras dos países de língua portuguesa, que acontece de 10 a 16 de maio.

Segundo a atriz, expressar toda a sua dor em um trabalho audiovisual de pouco mais de nove minutos exigiu alguns anos de amadurecimento. O nome do curta, Mórula, vem do primeiro estágio de desenvolvimento de um embrião. O texto de Cristal é um relato forte e sensível sobre sua experiência de aborto vivida em 2016.

“Mais do que um ato de coragem, foi uma necessidade. Precisava colocar para fora essa história. Por fim, consegui escrevê-la e transformá-la num curta-metragem. Conto não somente sobre a violência durante o aborto, mas sobre os diferentes tipos de violências e controles sobre o corpo feminino, transformando a dor em arte e denúncia”, explica.

Cristal lembra que a escrita se deu durante a criação do experimento audiovisual “Elas por elas: o expurgo” que criou junto das atrizes Tais Galindo e Lizi Fonsecca do Coletivo Meia Oito. “Durante o processo, busquei criar imagens voltadas ao sensível com elementos da natureza, contrapondo a escrita cortante com imagens poéticas, sem diminuir o tom incisivo e de denúncia. Depois de finalizado, surgiu o desejo de aprofundar na potência do texto e das imagens”, detalha.

História se repete diariamente na vida das mulheres

O filme conta uma experiência que faz parte da história de muitas mulheres. Além do aborto, o trabalho aborda temas como objetificação do corpo feminino e a violência obstétrica e doméstica.

“Apesar de trazer alguns detalhes sobre uma experiência pessoal, Mórula não conta apenas a minha história. Mesmo sendo um relato do que vivi, é também uma história que se repete diariamente na vida de muitas mulheres. Isso de certa forma encoraja, por não ser uma dor e nem mesmo uma denúncia isolada.”

Segundo Cristal, quando acordou pela primeira vez em casa depois da experiência hospitalar, a primeira coisa que lhe passou pela cabeça foi que não poderia ficar quieta em relação a tudo o que havia sofrido e o que viu outras mulheres sofrerem dentro do hospital. “Nesse momento, sentia mais raiva do que tristeza, e acredito que daí nasceu a coragem de contar essa história.”

“Muitas pessoas entraram em contato comigo após assistirem Mórula e foi muito comum relatos de perplexidade, sentimentos de tirar o fôlego e de vontade de chorar. Pode-se não ter a experiência do aborto, do corpo objetificado, da violência doméstica, mas estes podem ser provocados por uma experiência estética que gera empatia, aumentando a sensibilização para o diálogo”, salienta.

O filme ganha um peso com a sobreposição de imagens em uma perspectiva minimalista e poética. “Em Mórula, as imagens se concentram em apresentar sensorialmente a experiência de violência hospitalar. Cria ambientes visuais que refletem a sutileza necessária de enfrentar excessos de abusos físicos e psicológicos. Permite ressignificar o excesso de breu dessa experiência ocorrida dentro de um hospital”, complementa a diretora Gabriela Cunha.

Para as diretoras, o processo como um todo foi muito potente e transformador. “Foi uma nova forma de experimentar a própria história e transformar a dor em arte. Mais do que isso, fazer da dor e da experiência pessoal uma voz que é coletiva, é de muitas.”


O curta-metragem ‘Mórula’ pode ser assistido no canal do projeto no YouTube / Divulgação

Ficha técnica:
Cristal Obelar – Direção, Roteiro, Narração e Atuação
Gabriela Cunha – Direção, Direção de Fotografia, Cenografia e Montagem
Gustavo Cunha – Edição e Mixagem de Som
Júlia Cunha – Figurino

Projeto foi financiado pelo Prêmio Movimento da Cultura Pelotense da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), via Lei Aldir Blanc.


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Editado por: Marcelo Ferreira
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