Há um ano, a pandemia provocada pela covid-19 interrompeu a temporada de estreia de "Palácio do Fim", primeira montagem gaúcha para o teatro do texto da dramaturga canadense Judith Thompson.
Agora, essa produção ganhará uma versão audiovisual para a internet, criada para as comemorações de 12 anos da "Companhia Incomode-Te". As sessões virtuais serão realizadas de 5 a 16 de maio, de quarta a domingo, sempre às 20h.
Os ingressos custam 10 reais e podem ser adquiridos clicando aqui. Toda a renda arrecadada vai ser revertida para a Casa do Artista Riograndense.
Espetáculo terá intérprete de libras e audiodescrição
Essa versão de "Palácio do Fim" chega com a parceria da OVNI Acessibilidade Universal. Todas as exibições contam com as opções de audiodescrição e intérprete de libras. Editada por Juan Quintáns e gravada com três câmeras, a versão remota do espetáculo tem direção em vídeo do cineasta Boca Migotto, que também assina a direção de fotografia.
"A gente aproveitou a luz original e conseguiu gravar com várias câmeras de uma só vez. Não foi preciso refazer nenhuma cena. Dessa forma, foi possível captar os atores em diversos planos e garantir a naturalidade do elenco", explica Boca Migotto.
Sobre a peça
Palácio do Fim mescla realidade, ficção e é composto por três histórias situadas durante a ocupação norte-americana no Iraque (2003-2011). O título é uma referência ao prédio onde eram colhidos depoimentos de presos políticos durante a guerra. A direção geral é de Carlos Ramiro Fensterseifer. Liane Venturella e Nelson Diniz compõem o elenco, que tem ainda as participações especiais de Fabiane Severo e Sandra Possani.
O primeiro texto, intitulado Minhas Pirâmides, conta a história da militar americana Lynndie England (interpretada por Fabiane Severo e Sandra Possani), que ficou internacionalmente conhecida por ser fotografada sorrindo ao lado de prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib.
A segunda cena apresenta David Kelly (Nelson Diniz) em Colinas de Horrowdown. O personagem é inspirado no inspetor de armas britânico que revelou em entrevista à BBC que as armas de destruição em massa procuradas por George W. Bush e Tony Blair não existiam.
No último monólogo, Instrumentos de Angústia, Nehrjas Al Saffarh (Liane Venturella) é a esposa de um líder político iraquiano. Em um clima intimista, os espectadores se tornam cúmplices das memórias e sentimentos dos personagens.
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