Oriente Médio

Após Israel derrubar prédio residencial, Hamas lança foguetes contra Tel Aviv

Segundo autoridades, foguetes caíram nos arredores do município; Netanyahu declarou que intensificará os ataques

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Em Holon, algumas pessoas ficaram feridas e um ônibus vazio também foi atingido nas imediações - Reprodução/@IDF

Em meio à escalada dos ataques de Israel contra os palestinos, que derrubou um prédio residencial de 13 andares na Faixa de Gaza, o grupo Hamas disparou foguetes nessa terça-feira (11) contra Tel Aviv, maior cidade israelense. 

Sirenes e sistemas de escudo antimísseis de Israel foram acionados. Segundo as autoridades locais, alguns dos foguetes que foram lançados chegaram a cair nos arredores do município. Em Holon, uma área urbana ao sul de Tel Aviv, algumas pessoas ficaram feridas e um ônibus vazio também foi atingido nas imediações.

Já em Rishon Lezion, um edifício foi atingido e três mulheres morreram. Além disso, o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, suspendeu todas as suas decolagens para "permitir a defesa do espaço aéreo".

A região de Jerusalém Oriental vem sendo palco de uma repressão de forças israelenses contra palestinos durante toda semana, que se intensificou nos últimos dois dias, depois que a polícia lançou balas de borracha e granadas de choque contra a mesquita de Al-Aqsa. Os atos de repressão já deixaram mais de 300 palestinos feridos.

Em discurso televisivo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os grupos palestinos pagaram um alto preço. "Continuamos a atacar com força total", afirmou. Segundo o premiê, a campanha militar vai demorar. "Vamos continuar".

Netanyahu ainda declarou que intensificará os ataques à Faixa de Gaza após os disparos de foguetes na fronteira com Palestina. "Na conclusão de uma avaliação da situação, foi decidido que tanto a potência dos ataques quanto sua frequência serão aumentadas", afirmou.

Israel reprime palestinos em Jerusalém Oriental

Um dos pontos centrais da escalada de tensão foi a decisão de um tribunal israelense de despejar 28 famílias palestinas do bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, para dar lugar a colonos israelenses. Revoltados, os palestinos foram às ruas para protestar.

Outro ponto que despertou descontentamento da comunidade palestina que vive na região foi uma marcha convocada por grupos nacionalistas de Israel para celebrar o "Dia de Jerusalém", data que marca a ocupação de Jerusalém Oriental por forças israelenses.

Apenas nesta segunda-feira (10/05), 27 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses, incluindo nove crianças, além de ao menos cem feridos.

*Com informações da Ansa.