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Início Política

MISÓGINA

Subordinada e ideologizada: como a política externa de Bolsonaro afeta as mulheres

Live vai discutir influência do pacote ideológico da direita fundamentalista na vida das mulheres

27.maio.2021 às 13h11
Brasília (DF)
Pedro Rafael Vilela

"O chanceler do governo Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, ironicamente afirmou que se sente bem sendo um pária mundial" - Foto: Valter Campanato/ABr

Uma reflexão do impacto da política externa do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as mulheres é tema de debate na abertura do ciclo “Além do Horizonte – Política Externa e Relações Internacionais” nesta quinta-feira (27), às 18h, com transmissão pelo canal do OPEB no Youtube.

 

 

O debate partirá de uma análise proposta pela socióloga Graciela Rodriguez em um artigo sobre a política externa brasileira ao longo dos últimos dois anos.

No texto, Rodriguez apresenta como principal pano de fundo dessa política o realinhamento subordinado que o governo Bolsonaro promoveu com os Estados Unidos, orientando o papel do Estado e da economia do país aos interesses do capitalismo internacional financeirizado.

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Graciela aponta que a aliança subordinada do Brasil especificamente aos interesses norte-americanos teve consolidação rápida com Bolsonaro. "Logo percebeu-se que existia coerência nessa submissão aos interesses de EUA e a lógica de profunda reforma do Estado brasileiro", relaciona.

Ela cita como exemplos tanto a desregulação da legislação trabalhista, quanto da ambiental, já que ambas favorecem o investimento extrativista das grandes corporações norte-americanas.

"Da mesma forma em que as privatizações promovidas pelo atual governo, dando continuidade ao golpe iniciado com o governo Temer, favorecem os interesses de tais empresas estadunidenses", contextualiza Rodríguez, no artigo.

Por trás desse alinhamento, segundo ela, está uma ofensiva imperial norte-americana para tentar recuperar influência diante do avanço econômico principalmente da China, ameaça real à hegemonia dos EUA.

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No caso do Brasil, a figura de proa desse processo, além do próprio presidente, era o chanceler Ernesto Araújo, responsável pela elaboração de uma política externa ideologizada. Com Bolsonaro eleito e com Araújo, ministro das Relações Exteriores, vão se evidenciando vários elementos deste aglomerado de ideias, que condensa alguns dos aspectos do pacote ideológico desta direita fundamentalista, segundo Rodríguez.

"Essa direita conjuga elementos do negacionismo científico, de defesa da irracionalidade, de revisão cultural e religiosa do cristianismo, de recuperação de conceitos e práticas medievais, somadas à perspectiva de supremacia do homem branco impregnada de machismo e racismo", explica.

Estes valores e sistema de crenças terão, segundo Graciela, papel fundamental na defesa de posicionamentos na PEB – Política Externa Brasileira, em casos que vão desde o apoio à mudança da capital de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, até os temas de mudanças climáticas e de direitos sexuais e reprodutivos das mulheres nos debates multilaterais na ONU.

O bolsonarismo soube captar demanda por valores tradicionais e esses sentimentos reativos, destaca Rodríguez. 

"Catapultou os ressentimentos de uma masculinidade perdida e impotente frente ao seu novo papel social, de um racismo eivado de privilégios, de uma homofobia assustada e reprimida, buscando restaurar uma ordem falocêntrica, patriarcal e racista, dialogando com uma base social em grande parte de militares, policiais e ex-policiais, e milícias – essas 'filhas bastardas da ditadura'", acrescenta.

Precarização da vida das mulheres

A recriação do estado neoliberal, que flexibilizou leis de trabalho e desvalorizou a mão-de-obra, elevou a precarização da vida das mulheres brasileiras.

"Junto com a deterioração dos serviços sociais, dos quais as mulheres são as maiores cliente diretas, por sua dupla tarefa tanto pela força produtiva como reprodutiva, levam a um sofrimento que provoca dificuldade de reação", explica.

Essa tendência, por sua vez, influencia a subjetividade com a assimilação de novos valores. Com menos oportunidades, foi incorporada a visão de que precisamos gerir nossa vida como uma empresa, diz a socióloga.

Outro exemplo dessas consequências, uma vez que a mulher é majoritariamente responsável pelo cuidado doméstico, é o reforço da misoginia e do papel tradicional da mulher na família, para substituir o estado desmontado.

"E se a mulher também tem que pagar a conta da luz, da água e do supermercado, é ela também que se endivida para manter as necessidades do dia a dia", argumenta.

Existe toda uma necessidade de controles de setores sociais, principalmente mulheres, mulheres negras, indígenas. São formas de submeter que tem a ver com um modelo de Estado que vai deixar nas mãos das famílias, especialmente das mulheres, a sobrevivência familiar.

"Nessa nova economia, tudo se transforma em mercado, o Estado não dá mais política pública de educação, saúde, saneamento. Quem vai dar conta de tudo isso? Basicamente as mulheres", afirma Graciela Rodríguez, em conversa com o Brasil de Fato.

Live

A live “Política externa brasileira: subordinada, ideologizada, misógina” contará com a participação de Graciela Rodriguez, coordenadora do Instituto Equit (Gênero, Economía e Cidadania Global), e das professoras Tatiana Berringer (OPEB-UFABC) e Beatriz Bissio (UFRJ).

A moderação será realizada por Gonzalo Berrón (FES-Brasil) e apoio da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). O evento é realizado pelo Observatório de Política Externa Brasileira da Universidade Federal do ABC (OPEB-UFABC) e pela Fundação Friedrich Ebert Brasil (FES-Brasil).

Editado por: Vivian Virissimo
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