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Bashar al-Assad é reeleito presidente da Síria com 95% dos votos

Com o resultado, presidente sírio vai para o quarto mandato, governando por mais sete anos o país

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Presidente era o favorito para reeleição na Síria e governará por mais sete anos - Wikimedia Commons

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, foi reeleito nessa quinta-feira (27) para um quarto mandato após conquistar 95% dos votos. Angariando aproximadamente 13.540.860 votos, Assad governará por mais sete anos o país. Número da votação representa uma participação de 78% da população. Em 2014, o mandatário obteve 88,7% dos votos. 

Segundo o Parlamento sírio, os outros dois candidatos, Abdallah Sallum Abdallah e Mahmud Marei, obtiveram, respectivamente, 1,5% e 3,3% dos votos.

O presidente era o favorito para reeleição na Síria. Em entrevista publicada na quarta-feira (26) pela Sputnik, Taleb Ibrahim, analista político baseado em Damasco, afirmou que al-Assad é visto como a pessoa mais adequada para estar no comando do país.

"Ele é visto como um líder que dirigiu o país durante esta guerra complicada. Ele também é visto como uma pessoa que pode se manter firme em face da agenda ocidental e é ele quem pode ajudar o povo sírio a recuperar a estabilidade e a paz", comentou.

A Rússia foi uma das autoridades internacionais que observou a validade do pleito sírio. Para Leonid Slutsky, chefe do Comitê para Assuntos Internacionais da câmara baixa do Parlamento russo, não foram registradas violações sérias durante as eleições.

A votação foi criticada pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, que também a consideraram uma "farsa" pela ausência de candidatos da oposição e controles independentes do processo.

Com relação às declarações de "eleições não democráticas", Slutsky disse que tais posicionamentos não "correspondem com a realidade". "Todos os sírios que se encontravam no país tiveram a possibilidade de votar, enquanto a organização das eleições esteve em total conformidade com todas as normas e padrões internacionais", disse.

*Com Sputnik e Télam.