Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Opinião

Artigo | Bolsonaro e Caboclo apostam sobrevivência na Copa América

"Na prática, graças a Rodrigo Caboclo, Jair Bolsonaro e a Conmebol, a Copa América será um ato político"

01.jun.2021 às 00h24
Porto Alegre
Miguel Enrique Stedile
A Seleção Brasileira se garantiu na final da Copa América após vencer a Argentina por 2 a 0 na terça-feira (2)

A Seleção Brasileira se garantiu na final da Copa América após vencer a Argentina por 2 a 0 na terça-feira (2) - Lucas Figueiredo / CBF

Não é exatamente uma surpresa que o Brasil seja a nova sede da Copa América 2022. Há uma semana, quando a Colômbia desistiu de sediar o torneio, o presidente da CBF, Rodrigo Caboclo, manifestou a intenção de realizar novamente a disputa no país.

Nos bastidores, a hipótese foi descartada porque o Brasil era um “covidário”. Com a desistência da Argentina, que dividiria os jogos com os colombianos, era preciso uma nova sede que tivesse bons estádios disponíveis imediatamente para únicas datas possíveis no calendário da FIFA e um governo disposto a assumir o ônus de um torneio no continente com quase 1 milhão de mortos e apenas 3% da população vacinada. O Brasil de Bolsonaro reúne as duas exigências.

Também não é uma surpresa de que a Conmebol releve o status brasileiro de “covidário” agora. Com exceção das vendas de direitos televisivos, poucas coisas sensibilizam a Confederação Sul-americana de futebol. Há menos de 15 dias, as partidas dos times colombianos na Copa Libertadores foram mantidas normalmente, mesmo com os protestos contra o governo colombiano sendo reprimidos violentamente, literalmente ao lado dos estádios, como ocorreu com América de Cali e Atlético Mineiro, interrompido cinco vezes pelas bombas de gás lacrimogênio, ou Junior Barranquilla e River Plate.

Ironicamente, a Copa é patrocinada pelo laboratório chinês Sinovac, em troca de 50 mil doses da vacina, que são usadas pela confederação para que jogadores e cartolas furem a fila da vacinação nos seus países, como fizeram Atlético-GO e Atlético-MG.

Já para o presidente da CBF, a vinda da Copa América pode lhe garantir a permanência no cargo. Rodrigo Caboclo é ex-assessor do ex-presidente Marco Polo Del Nero, banido do futebol pela FIFA por corrupção em 2017. Recentemente, a emissora ESPN revelou que decisões centrais na confederação, como a permanência do técnico Tite e contratos milionários foram tomadas com o aval ou a última palavra de Del Nero, um ano depois do seu banimento do esporte. Porém, desde abril, criador e criatura romperam relações e clubes e federações, também descontentes com o comportamento do presidente, articulavam um impeachment do dirigente.

Desde então, Caboclo buscava assegurar sua sobrevivência com as boas relações e troca de favores que construiu com o Planalto, como a cedência dos direitos de transmissão de jogos da seleção para a oficialista TV Brasil. Com a Copa América, Caboclo tanto mantêm o prestígio com o bolsonarismo, quanto tem em mãos a possibilidade de ofertar ingressos e mordomias para um evento restrito para os descontentes presidentes de federação.

Caboclo tem mais chances de ser bem-sucedido do que Bolsonaro. Se o governo esperava criar um fato positivo que abafasse a crise sanitária, não entendeu o recado da Argentina e da Colômbia. Sem colocar milhares nas arquibancadas ou movimentar o comércio das cidades-sedes, há pouco o que o governo pode realmente extrair positivamente do torneio. O torneio sul-americano não tem a força de uma Copa do Mundo ou de uma Olimpíada para paralisar o país e mesmo a edição passada, vencida pelo Brasil depois de 12 anos sem títulos, despertou pouco mais do que indiferença.

Ainda que o governo nunca tenha se preocupado de fato com sua imagem no exterior, o torneio dá visibilidade para a incompetência brasileira em enfrentar a pandemia. E é pouco provável, mas não impossível que alguma equipe decida não vir disputar o torneio ou ainda que algum jogador mais politizado se manifeste.

Mas, principalmente, dois dias depois da oposição voltar às ruas com força, Bolsonaro recuperou uma poderosa bandeira de 2013, os “hospitais padrão FIFA”. Afinal, como o país que recusou e não comprou vacinas, vai destinar recursos públicos para um campeonato de futebol durante uma crise que já matou mais de 450 mil brasileiros?

Além de uma palavra de ordem, a vinda da Copa América oferece ainda naturalmente duas datas para manifestações, a abertura e encerramento do torneio. E a última em julho quando a CPI deverá estar concluindo seus trabalhos. Na prática, graças a Caboclo, Bolsonaro e a Conmebol, a Copa América será um ato político.

* Doutorando em História pela UFRGS e integrante do Front – Instituto de Estudos Contemporâneos.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Katia Marko
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ORIENTE MÉDIO

‘Declaração de guerra’: Irã contabiliza 78 mortos após ataque de Israel e responde com mísseis

Acidente aéreo

Sobe para 279 número de mortos em acidente de avião na Índia, o segundo mais mortal da história

Justiça

Trama golpista: Moraes manda soltar Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro

DIA DO DOADOR

Doação de sangue: qual é a demanda dos hospitais, quem pode doar e o que vale hoje para LGBT+

AMEAÇA

Paraíso à venda: leilão de terras em Paraty (RJ) expõe comunidades centenárias ao risco de despejo

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.