Durante a jornada de manifestações contra o governo fascista de Jair Bolsonaro, realizada em 29 de maio, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) demonstrou força e capilaridade em Minas Gerais. Atos do movimento aconteceram em seis regiões do Estado, exigindo "Vacina no braço e comida no prato".
No Triângulo Mineiro, em Uberaba e Uberlândia, os Trabalhadores Rurais ocuparam as ruas em defesa das universidades públicas, do SUS e da vacinação ampla. No Sul de Minas a mobilização foi em Alfenas, com a presença de uma comissão do Acampamento Quilombo Campo Grande.
No Vale do Rio Doce, as ruas foram tomadas pelo coro "Fora Bolsonaro", o ato aconteceu na Praça dos Pioneiros, ao lado da prefeitura municipal. O MST e a população da cidade cobraram a abertura do hospital regional, que está há anos com as obras prontas e continua fechado, mesmo com os leitos da cidade superlotados.
Já na Zona da Mata, na cidade de Visconde do Rio Branco, houve uma carreata denunciando as atrocidades do presidente da República. E em Juiz de Fora, o movimento distribuiu uma tonelada de alimentos. Em nota, a direção regional dos sem-terra afirmou: "seguimos lutando e ajudando a alimentar as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade em tempos de genocídio implementado pelo descaso do governo criminoso". A ação solidária foi organizada pelo MST em conjunto com o Levante Popular da Juventude, o Coletivo Vozes da Rua e a Frente Brasil Popular, e integra a campanha Periferia Viva.
Protesto em BH
Na capital mineira, o MST também se fez presente. Bernadete Monteiro, da coordenação da Marcha Mundial de Mulheres e da Frente Brasil Popular, afirma que os atos do 29 de maio demonstraram que mesmo com o medo gerado pelo risco de contaminação da covid-19, a indignação do povo se manifesta para salvar vidas, ameaçadas pelo governo genocida de Bolsonaro.
“As pessoas foram às ruas se esforçando para cumprir as medidas de restrição e com a certeza de que é preciso derrotar o projeto de morte do governo que ocupa o palácio em Brasília”, afirmou. A liderança acrescenta ainda: “trata-se, no entanto, de uma pequena centelha que fora acesa e que agora tende a se espalhar!”, conclui.
Campanha Chico da Boleia
A doação de alimentos continua a ser uma ação do movimento para ajudar no combate à crise sanitária, e agora o MST se soma à campanha “Rede Solidária Chico da Boleia”. O movimento doou 400 quilos de arroz e 400 litros de suco de uva, que foram entregues junto com kits de higiene a motoristas de caminhão. A distribuição aconteceu na manhã da terça (1), e continua nesta quarta (2) na BR-040, na altura do km 542 – sentido Brasília.
A “Rede Solidária Chico da Boleia” foi criada com o objetivo de ajudar os trabalhadores do setor rodoviário de transporte de cargas desde o início da pandemia, provocada pelo novo coronavírus. Mais de 10 mil kits de higiene foram distribuídos ao longo da campanha, que segue ativa.
