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Meio Ambiente

Programa debate impactos negativos das políticas ambientais de Ratinho Jr e Bolsonaro

O secretário de meio ambiente da CUT Brasil e o deputado estadual Goura debateram o tema

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O Programa Quarta Sindical é uma parceria entre o Brasil de Fato Paraná e a CUT Paraná; acontece todas as quartas, 11h30min - Reprodução internet

 

via CUT Paraná/Gibran Mendes

A destruição do meio ambiente, a relação do desrespeito do ser humano com a natureza e a ocorrência das  pandemias, as políticas criminosas de Jair Bolsonaro, do seu ministro Ricardo Salles, do governador do Paraná, Ratinho Júnior, e os reflexos sociais e econômicos. Estes foram os principais temas do Quarta Sindical na semana do Meio Ambiente. Para tratar deste tema, imprescindível para o desenvolvimento social e econômico, além da própria sobrevivência da espécie humana, foram convidados o deputado estadual e presidente da Comissão do Meio Ambiente na Assembleia Legislativa do Paraná, Goura (PDT) e o secretário de meio ambiente da CUT Brasil, Daniel Gaio. 

A própria pandemia de Covid-19 é um reflexo dos ataques incessáveis ao meio ambiente. “Não há percepção da causa efetiva de uma pandemia desta. Não é um vírus gerado espontaneamente. Se você reduz a biodiversidade, pode gerar vírus. Provavelmente surgiu na região de Wuhan que teve grande devastação e perda de biodiversidade por conta da construção de uma grande usina hidroelétrica e do agronegócio, sobretudo na criação de suínos”, destacou Daniel Gaio. 

De acordo com ele, estamos reféns da possibilidade do surgimento de outras pandemias. “Esse é um fato que precisamos enfrentar. Estamos combatendo a pandemia, apesar do governo brasileiro atuar contra isso, buscamos saídas da pandemia pela ciência, mas não buscamos saídas para o modelo que gerou essa e vai gerar outras”, alertou. “O capitalismo explora a natureza, inclusive a chamando de recursos naturais, enquanto entendemos que são bens comuns. Ao tratá-la assim, mercantilizando a natureza, traz consequências, como a pandemia e outras que apontam no futuro de forma inexorável”, completou. 

Os convidados do Quarta Sindical também foram unânimes em apontar a responsabilização de Jair Bolsonaro e seu ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, na destruição do meio ambiente do Brasil. Segundo ambos, esta é uma política de governo e pensada de forma estratégica. Ao mesmo tempo, no Paraná, há um aliado de primeira hora da dupla: o governador Ratinho Júnior. 

 Paraná: laboratório das politicas bolsonaristas 

“Aqui no Paraná temos um laboratório de teses bolsonaristas, com um aliado de primeira mão de Bolsonaro no Palácio Iguaçu”, destacou o deputado estadual Goura. Além de citar o apoio à políticas como a militarização das escolas, esse cenário também se estende para o meio ambiente. A mais recente iniciativa é a reabertura da chamada estrada do colono. “Existem dois projetos. Um deles na Câmara Federal, que o deputado aqui do Paraná, Vermelho, pediu regime de urgência. O outro está no Senado Federal, que teve como relator o senador Fabiano Contarato”, relata Goura. 

O deputado lembrou que convidou o senador para conhecer o espaço. “Visitamos o parque, com servidores do ICMBIO e constatamos a realidade: não existe mais estrada, a floresta passou por cima. Você sobrevoa Capanema e vê que é uma mata contínua. É uma área de preservação fantástica, um patrimônio reconhecido pela Unesco. A reabertura não se sustenta. É uma atrocidade. A sociedade não enxerga o tamanho do precipício que temos pela frente. Precisamos do apoio e da mobilização de todos nesta pauta”, completou.  

Durante o programa, também foi apresentada uma cartilha lançada pela CUT Brasil na última sexta-feira sobre a transição justa. “Precisamos nos apropriar deste tema do ambientalismo a partir do ponto de vista dos trabalhadores. A CUT nasceu pensando nisso, o Chico Mendes, quando vem compor a direção nacional da CUT, em 1985, cria o que era chamado na época de departamento de meio ambiente que depois é transformado em secretaria”, lembrou o secretário de meio ambiente da CUT Brasil, Daniel Gaio.  

A cartilha que será distribuída para as estaduais da CUT e seus sindicatos busca preparar dirigentes e militantes para tratar da transição justa do atual modelo de desenvolvimento para um modelo sustentável, garantindo também plenos direitos à classe trabalhadora. 

“A cartilha Transição justa: uma proposta sindical para abordar a crise climática e social” surge em um momento no qual a classe trabalhadora se encontra diante do desafio de conter o avanço desenfreado da destruição do meio ambiente e da crise climática, ao mesmo tempo em que defende a democracia e os seus direitos contra os ataques do capital e da extrema direita.

 Assista este programa na íntegra, clique aqui 

 Não esqueça, toda quarta-feira, às 11h30, temos um compromisso: um novo programa com um tema de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras. Você confere ao vivo em nosso perfil no Facebook e na página da CUT Brasil e CUT Paraná. 

 

 

Edição: Ana Carolina Caldas