Inclusão

Programa Bem Viver discute políticas para mães de crianças com deficiência

As chamadas mães atípicas não devem ser romantizadas, mas entendidas como sujeitos de direito, diz educadora inclusiva

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Mãe e mulher atípica defende que é preciso cuidador também de quem cuida - Observatorio de la Infancia en Andalucía/Creative Commons
Quando se fala que a mãe é guerreira se camufla toda luta social para ter acesso a direitos

As mães de crianças com deficiência, chamadas de mães atípicas, não devem ser vistas como “guerreiras” ou como “sofredoras”, mas sim como sujeitos de direitos que precisam de politicas públicas específica para que tenham qualidade de vida e oportunidades de desenvolvimento pessoal e econômico. Essa é a opinião da educadora inclusiva Jéssica Borges, entrevistada na edição de hoje (4) do Programa Bem Viver.

“Ainda se tem uma ideia deturpada de como é a nossa maternidade. Para a mídia a gente sé sempre vista como a guerreira e a sofredora, mas isso não é verdade existe vida após o diagnostico”, diz Jéssica, que também é uma mulher atípica, mãe atípica. “É preciso que sociedade perceba que inclusão é sobre todo mundo, não só sobre eu e meu filho. Todas as pessoas ganham promovendo inclusão, porque vão poder conviver coma diversidade humana.”

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Jéssica é diretora do Instituto Larga Vira Pupa, que tem como missão prestar acolhida e assessoria jurídica e psicológica para mães de crianças com deficiência.

“A gente fala muito de cuidar das crianças, mas as cuidadoras também precisam de cuidado. Elas muitas vezes são invisibilizadas e silenciadas’, diz. Falta política pública para essa mãe acolhimento, psicológico e promoção de saúde mental. Quando se fala que a mãe é guerreira se camufla toda uma luta social para cuidar do filho e ter acesso a direitos”.

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Homenagem

Amanhã (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, familiares e amigos das vítimas da Covid-19 realizarão uma homenagem aos seus entes queridos plantando árvores em uma reserva ecológica do Rio de Janeiro. Ao todo, serão plantadas 50 mil árvores de 20 espécies diferentes, todas nativas da Mata Atlântica, como jequitibás brancos, paineiras, aroeiras, ipés e paus-brasil.

Essa iniciativa faz parte da Campanha Bosques da Memória, que tem o objetivo de homenagear as vítimas da pandemia colaborando com a recuperação florestal da região. O plantio acontecerá na reserva de Guapiaçu, no município de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.

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“As árvores eternizam vidas. Quem planta uma árvore faz algo para as futuras gerações. Assim, homenagear os entes queridos com o plantio de uma árvore é oferecer as futuras gerações a mensagem que o futuro deve ser cuidado hoje”, diz a diretora executiva do projeto Guapiaçu, Gabriela Viana.

O Bosque da Memória terá uma área total de 7 hectares, o equivalente a sete campos de futebol. Ele faz parte de uma área total de 100 hectares de mata nativa em processo de recuperação ambiental.

Comida de verdade

A cozinheira Sayonara Salum ensina a preparar uma deliciosa e nutritiva receita de arroz com cogumelos desidratados e sementes de girassol. A vantagem é que para esse prato são necessários apenas 15 gramas cogumelos já que depois de hidratados eles rendem muito, barateando a receita.

Além dos cogumelos serão necessárias meia xícara de arroz, um terço de xícara de semente de girassol, uma cebola, três dentes de alho, azeite, sal, pimenta e salsinha. Confira a receita completa no Programa Bem Viver.

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Edição: Sarah Fernandes