América do Norte

Eleições no México: López Obrador mantém maioria na Câmara, diz contagem rápida

Partido do presidente, Morena deve conquistar em torno de 200 cadeiras, segundo projeção do Instituto Nacional Eleitoral

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Base de apoio de López Obrador no Congresso deve diminuir, mas continuar sendo maioria
Base de apoio de López Obrador no Congresso deve diminuir, mas continuar sendo maioria - Pedro Pardo/AFP

O partido Movimiento Regeneración Nacional (Morena), do presidente de centro-esquerda Andrés Manuel Lopez Obrador, foi o mais votado nas eleições mexicanas deste domingo (6) para a Câmara dos Deputados. Segundo a contagem rápida divulgada pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE), a sigla deve conquistar entre 190 e 203 cadeiras.

Com esses resultados, o presidente continuaria com maioria no Legislativo, embora seu partido terá perdido representação – até então, tem 253 deputados. Os outros dois partidos que o apoiam, o Partido do Trabalho (PT) e o Partido Verde Ecologista do México (PVEM), somariam mais 80 cadeiras na Câmara, aproximadamente.

Com isso, a base de apoio de López Obrador ocuparia por volta de 280 cadeiras, de um total de 500. 

A principal coalizão de oposição, Go for Mexico, não deve passar de 218 deputados, segundo as projeções do INE.

Para aprovar o orçamento, por exemplo, basta maioria simples no Congresso. Mudanças na Constituição, por outro lado, exigiriam maioria qualificada (dois terços).

Presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Lorenzo Córdova ressaltou em entrevista coletiva que os números são preliminares e que os resultados finais serão conhecidos na próxima quarta-feira (9), com a finalização da contagem oficial.

A abstenção foi de 52%, um pequeno aumento em relação aos pleitos anteriores.

Além dos novos membros da Câmara dos Deputados, mais de 45 milhões de mexicanos foram às urnas para eleger 15 dos 32 governadores estaduais e prefeitos em 1,9 mil municípios. O pleito foi considerado o maior da história do país e ficou marcado pela violência durante a campanha.

* Com informações do La Jornada.

Edição: Daniel Giovanaz