crítico de Bolsonaro

Ao vivo: CPI da Covid ouve Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro; assista

Os senadores governistas devem usar o impeachment de Witzel para retirar Bolsonaro do foco da comissão

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Depois de Witzel, ainda outros oito governadores devem passar pelo banco de depoentes da CPI da Pandemia - Brunno Dantas/TJ-RJ

Nesta quarta-feira (16), os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid escutam o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A decisão de comparecer à comissão vem mesmo após o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatar a solicitação do ex-governador de um habeas corpus ao direito de não comparecer à CPI ou permanecer calado, sem assumir o compromisso de dizer a verdade.

O depoimento de Witzel nesta quarta marca o primeiro da CPI entre os governadores. Seria o segundo testemunho, caso o governador do Amazonas, Wilson Lima, tivesse comparecido para depor na última quinta-feira (10). Mas, da mesma forma, a ministra do STF Rosa Weber concedeu-lhe um habeas corpus desobrigando-o a se apresentar.

No requerimento que solicitou a convocação de Witzel, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é vice-presidente da CPI, apresenta um conjunto de denúncias que apontam para um esquema de corrupção no início da pandemia, dentro do governo do Rio de Janeiro. De acordo com dados do Ministério Público Federal, Witzel receberia um percentual das propinas em cima dos contratos dentro da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. 

As denúncias levaram, em setembro do ano passado, ao impeachment do ex-governador, com 69 votos a favor e nenhum contra. Pelas denúncias, o governador, que perdeu os direitos políticos por cinco anos, continua a ser investigado dentro do Poder Judiciário do Rio de Janeiro, sendo esse o motivo que o levou a pedir ao STF a não obrigação de comparecer à CPI. 

Nesta semana, o depoimento de Witzel é o mais aguardado, principalmente entre os senadores da ala governista, como Marcos Rogério (DEM-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Luis Carlos Heinze (PP-RS), que tentam jogar nas costas dos governadores a responsabilidades pelas quase 500 mil mortes por covid-19 no Brasil, tirando o presidente Jair Bolsonaro dos holofotes.

Depois de Witzel, ainda outros oito governadores devem passar pelo banco de depoentes da CPI da Covid: Ibaneis Rocha (DF), Waldez Góes (AP), Helder Barbalho (PA), Marcos Rocha (RO), Antônio Denarium (RR), Carlos Moisés (SC), Mauro Carlesse (TO) e Wellington Dias (PI).

Acompanhe a transmissão ao vivo da CPI pelo Youtube do Brasil de Fato:

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Edição: Vivian Virissimo