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Resistência

Artigo | Um chamado à luta das juventudes brasileiras

"Sobreviver a um governo fascista e genocida é colocar os corpos e corações das trabalhadoras na condução do processo"

22.jun.2021 às 14h16
São Paulo (SP)
Nádia Garcia
“Chega de chacina, eu quero o fim da PM assassina”, foi um dos gritos do coro de manifestantes

“Chega de chacina, eu quero o fim da PM assassina”, foi um dos gritos do coro de manifestantes - Igor Carvalho

“Não acredito que seja saudável escolher uma luta e dizer que é mais importante,

mas reconhecer como as diferentes lutas se conectam.”

Angela Davis

 

Quero começar este texto honrando nomes e futuros que foram ceifados por uma lógica de governo genocida. João Pedro, João Vitor, Ágatha, Edson, Jhordan, Kathlen, Kauan são alguns, dos tantos jovens negros e negras que perderam suas vidas, dentro de casa ou em suas comunidades, em operações policiais que são produto da fracassada política de guerra às drogas implementada no Brasil.

Essa guerra é feita em territórios periféricos onde a cidadania é violada a partir da negação de direitos básicos, como o direito à saúde, educação, acesso à cultura e lazer, moradia digna, e em que o direito de ir e vir é impedido por balas perdidas em peles alvos negras, um processo acumulado ao longo da nossa história.

É por eles e elas que levantamos nossas cabeças todos os dias para traçar nossos próprios destinos, para buscar na história de nossas ancestrais a coragem e a resistência para seguir lutando por nossas vidas mesmo vivendo sob um governo que promove uma verdadeira política de morte.

Houve uma época no Brasil que nós, jovens, começamos a ter acesso às universidades, ao ensino técnico, havia bolsas de estudos, assistência estudantil, acesso à cultura e ao lazer, oportunidade de emprego e estágio. O PT foi o responsável por começar a construir uma nova cultura social de felicidade e sonhos no país.

As políticas de juventude implementadas por Lula e Dilma são também expressões de toda a construção geracional partidária da juventude do PT em busca de um espaço interno, de auto-organização, nas esferas municipais, estaduais e nacional, que resultaram na criação da Secretaria Nacional de Juventude do partido.

Com o golpe jurídico-midiático-parlamentar que derrubou a primeira mulher eleita presidenta da República da história, nossa geração experimentou da forma mais amarga possível as consequências do processo de ataque aos direitos do povo e a constante precarização do trabalho

A juventude brasileira passou a ocupar as principais páginas dos jornais, desta vez como setor mais afetado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos ficou em 29,8% no final de 2020. É a maior taxa anual da série histórica iniciada em 2012. A uberização do trabalho levou a juventude aos subempregos, onde a insegurança vai além da física, sem vínculo empregatício, sem direitos trabalhistas, sem estabilidade financeira e de carreira. 

E, quando falamos de juventude trabalhadora brasileira, não falamos de uma juventude qualquer. Falamos de uma juventude que tem cor e gênero. Uma juventude jogada à margem por esse governo genocida, que, segundo os dados do Monitor da Violência, tem o povo preto como alvo de 78% das mortes de culpa do Estado.

Além disso, apenas em 2020, o Brasil matou 237 LGBTs, segundo o relatório “Observatório das Mortes Violentas de LGBTI+ No Brasil – 2020”, realizado pelo Grupo Gay da Bahia e pela Acontece Arte e Política LGBT+, de Florianópolis.

Decretaram: se quiser sobreviver, é trabalhando muito, num emprego precarizado, ganhando pouco, sem direito a vislumbrar outra alternativa de vida — isso se continuar vivo, porque dentro de casa falta comida, mas não falta a bala “perdida”, que ceifa o destino da juventude, principalmente a negra. 

Sonhamos com a chance de voltar à presidência e fazer muito mais pelo povo brasileiro, já que, como dizia Conceição Evaristo, “Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”.

É nesta trincheira que nos encontramos agora: lutando contra um governo fascista ao mesmo tempo em que enfrentamos a maior pandemia do nosso século. São mais de 500 mil mortos por um vírus que já tem vacina, famílias inteiras destruídas e jovens trabalhadores e trabalhadoras que sofrem com a crise econômica e são empurrados/as para o mercado sem proteção social, sem direitos, sem qualificação e com a única prioridade de tentar sobreviver e sustentar a família.

Com os gastos congelados por 20 anos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a educação, universidades e institutos federais estão fechando por cortes de investimento, a educação básica sofre com a falta de preparo para aulas remotas e os hospitais e postos de saúde estão superlotados e deteriorados.

Não basta ler a conjuntura, é preciso se debruçar sobre ela e avançar na construção de protagonistas que correspondam aos novos desafios. As últimas eleições no setor progressista deram o caminho: as mulheres e povo preto foram às ruas, mas não apenas para ocupar seus espaços devidos na política.

Sobreviver a um governo fascista e genocida significa ocupar espaços e colocar os corpos, as vozes e os corações das trabalhadoras na condução do processo. 

Conheço a dor do preto e da preta, das LGBTs, das mulheres, do povo dos interiores do país e por isso meu corpo e minha trajetória estarão sempre à serviço da volta da esperança para juventude, para os trabalhadores e trabalhadoras e para os invisibilizados.

A revolução de corações e mentes não se dará no Brasil se não for pelas mãos das mulheres negras, das juventudes, das LGBTs, com a ousadia daqueles e daquelas que, ainda que sob o temor da necropolítica, insistem em colocar seus corpos alvos na linha de frente da luta para a construção de um novo Brasil.

* Nádia Garcia, mulher negra, jovem, bissexual, jornalista e coordenadora Nacional LGBT e de Combate ao Racismo da Juventude do PT.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 

Editado por: Vinícius Segalla
Tags: autoritarismogenocídio
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