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Fundamentalismo

Artigo | A mentira e a manipulação reacionária voltam a atacar no Ceará

Interessa à extrema-direita um ambiente digital de proliferação de farsas que não passem pelo crivo da realidade

01.jul.2021 às 17h24
Fortaleza (CE)
Renato Roseno

. Recentemente, o governador enviou um projeto de lei institucionalizando o Programa Ceará Educa Mais - Divulgação AL-CE

Na transição dos anos 1980 para os anos 1990, filósofos como Pierre Levy buscavam compreender fenômenos como a ascensão da internet e do ciberespaço e suas repercussões no pensamento e na sociabilidade. Havia, naquele momento, um certo otimismo em relação às promessas anunciadas pela cultura digital em relação ao advento de uma “inteligência coletiva”.  

Três décadas depois, o que era esperança virou, em muitos aspectos, uma distopia. Ao contrário de uma grande “inteligência coletiva”, emancipadora e libertária, o mundo da internet assistiu ao recrudescimento da intolerância e dos discursos de ódio. E também à consolidação das bolhas ideológicas, que ditam o que as pessoas consomem do ponto de vista das ideias, muitas vezes ampliando e radicalizando preconceitos.  
Esse ambiente acabou se tornando o terreno preferido da extrema-direita, em muitos países e também no Brasil. Em primeiro lugar, porque é um ambiente que facilita a produção das chamadas “fake news”. Em segundo lugar, porque os reacionários e os fundamentalistas sabem que as plataformas das redes sociais são marcadas pelo hiperindividualismo, que fragmenta a experiência de socialização e “customiza” o consumo de informações.

Não à toa, esses extremistas passaram a atacar valores e instituições democráticas como a imprensa livre e o bom jornalismo – cada vez mais importantes no combate à indústria de desinformação. Interessa à extrema-direita um ambiente digital de proliferação de farsas que não passem pelo crivo da realidade, que não sejam submetidas a nenhum expediente de apuração e de contraditório. Com isso, ela consegue criar e disseminar teorias conspiratórias as mais esquizofrênicas e surreais. 

Uma “teoria” recorrente nesse terreno do delírio digital dos reacionários é a de que existe uma ditadura “gayzista”, “comunista”, “globalista” etc que quer subverter os valores “familiares” e “cristãos”. Seria risível não fosse trágico. Sim, porque muita gente acaba acreditando nesses disparates e isso vai tornando a sociedade mais polarizada, mais manipulada e mais violenta. 

Vejamos um exemplo recente que está ocorrendo na Assembleia Legislativa do Ceará e que é típico desse modus operandi da extrema-direita. Recentemente, o governador enviou um projeto de lei institucionalizando o Programa Ceará Educa Mais (mensagem 72/2021). Nosso mandato, como sempre, buscou propor emendas que aprimorem o texto. É nossa função parlamentar. Por isso, apresentamos uma emenda (emenda 3) incluindo a educação do campo entre as diretrizes dessa política. 

A emenda que acrescentamos diz: “XXII — Educação contextualizada para a convivência com o semiárido: orientar práticas educacionais e pedagógicas emancipatórias, ancoradas na realidade local, considerando as dimensões social, cultural, econômica, ambiental e política, para contribuir com o desenvolvimento sustentável do semiárido, a promoção da equidade e igualdade étnico-racial e de gênero e a formação de uma cultura de paz (…)”
O fundamentalismo não suporta a ideia de equidade e quer retirar essa e qualquer outra menção ao termo “gênero” na lei. Aí distorce, mente e manipula. Uma deputada ligada ao fundamentalismo religioso, de forma vil e covarde, ao modo típico do bolsonarismo e seus apoiadores, distorceu o conteúdo da emenda e espalhou nas redes uma série de mentiras sobre nossa proposta. 

Mas por que, afinal, essa gente se incomoda tanto com a equidade de gênero? Por dois motivos: seu projeto de sociedade é machista e lgbtfóbico. Eles não toleram uma sociedade plural, diversa, com igualdade de direitos. Em vez disso, se utilizam do preconceito e do discurso de ódio para aglutinar e mobilizar suas bases de seguidores contra o “inimigo” da vez, sempre uma fantasmagoria delirante contra a qual eles direcionam suas piores energias. 

O fato é que esses reacionários fundamentalistas não têm o que oferecer para a população em termos de políticas sociais e econômicas e apoiam um presidente decadente e corrupto. Por isso, recorrem à manipulação e à mentira como estratégia central de atuação. Estranhamos quem usa da fé – que deveria apoiar a fraternidade e amor – pra disseminar ódios. Pior que isso: o pânico gerado por esses sepulcros caiados tem exclusiva intenção de angariar votos para seus projetos de poder individuais. 

*Renato Roseno é deputado estadual pelo PSOL

Editado por: Monyse Ravena
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