Na última quinta-feira, 1º de julho, o presidente chinês Xi Jinping anunciou que o país conseguiu construir uma sociedade moderadamente próspera. A declaração fez parte do aniversário de 100 anos da fundação do Partido Comunista da China.
O termo que ele usou na língua chinesa, sociedade “xiaokang”, tem profundas conexões com a milenária história da China, já que é um conceito com raízes confucionistas usado pela primeira vez na poesia clássica chinesa há 700 anos para se referir a uma vida harmoniosa e plena.
::Partido Comunista da China comemora 100º aniversário::
Em termos práticos, o objetivo foi conquistado porque foi possível aumentar consideravelmente o Produto Interno Bruto (PIB) e a renda per capita do país:
“Entre 2010 e 2020, o PIB per capita praticamente dobrou e agora está em cerca de 15,4 trilhões de dólares. Além disso, a China estabeleceu o maior sistema de seguridade social do mundo, contando com cerca de 400 milhões de pessoas na classe média. Os níveis educacionais da população e o acesso à saúde aumentaram significativamente. E o país alcançou sua mais importante conquista, a erradicação da pobreza extrema”, explica Xie Chuntao, membro da Academia Nacional de Governança da China.
A ideia de uma sociedade moderadamente próspera foi um mote de todos os líderes chineses desde a fundação da República Popular.
“Xiaokang” foi o termo usado pelo líder Deng Xiaoping para definir o objetivo de longo prazo do país após empreender o processo de reforma e abertura em 1978. Agora, o atual presidente Xi Jinping declara materializar tal desejo com a construção das bases de uma vida confortável para 1,4 bilhão de pessoas em aspectos fundamentais, como alimentação, consumo, moradia, educação e a satisfação de necessidades espirituais na arte e na cultura.
O próximo objetivo é tornar a China um país socialista moderno com padrões de vida da população comparáveis aos dos países mais desenvolvidos do mundo hoje, no centenário da fundação da República Popular, em 2049.
::China será primeiro país a ter estação espacial exclusiva::
Edição: Vinícius Segalla
